É consenso que o problema da evasão escolar não deve ser encarado como crônico na sociedade brasileira, porque isso isentaria os governantes e a sociedade de resolvê-lo. A carência de educação trás impactos devastadores em uma sociedade, portanto essa é uma questão que deve ser avaliada não só em suas consequências, mas também em suas soluções. A pobreza é a primeira sequela relacionada à questão, porque indivíduos sem escolaridade tendem a ter menos oportunidade de emprego e, quando empregados, menores salários. Isso se evidencia no fato de regiões pobres serem, também, as com menores índices de escolaridade. Um exemplo disso é o sertão nordestino o qual detém a maior taxa de analfabetos em idade escolar no Brasil, caracterizando a pobreza regional e a posterior imigração em busca de trabalho em outros estados brasileiros. Vale também ressaltar o atraso intelectual acometido por essa problemática, uma vez que o maior legado da educação é tornar o cidadão consciente sobre seu papel social e os fatores que regem o mundo a sua volta. Isso nos leva a fatos recentes como a matança de macacos no Rio de Janeiro, cometida por pessoas que acreditavam serem esses os causadores de surtos de febre amarela, é evidente que o conhecimento sobre características da doença, contido no currículo de biologia do ensino médio, dispensaria tal fato. Em virtude do que foi mencionado, medidas são necessárias para atenuar a questão. Cabe ao governo investir na capacitação dos profissionais da educação pública, oferecendo melhores salários, garantindo uma boa infraestrutura e também reformular a grade curricular do ensino médio, para que seja mais eficiente à realidade brasileira. A sociedade também tem seu papel, podendo votar em candidatos que defendam essa causa e cobrar dos eleitos os devidos resultados, ademais incentivar os jovens a permanecerem na escola para que possamos construir uma sociedade mais justa com menos desigualdade, evoluindo cada vez mais.