A evasão escolar em si não representa nenhum problema, na realidade, é uma solução encontrada por aqueles que não frequentam a escola. Crianças e adolescentes apenas estarão em ambiente estudantil se o custo-benefício for atrativo. O axioma básico da praxeologia diz que o ser humano tende a substituir uma situação de menor conforto por outra de maior conforto. Para isso, ele age, tomando decisões quando necessário. Ele avalia entre as opções existentes, sempre visando melhorar suas condições. Um jovem apenas frequentará a escola se isso lhe for benéfico, caso contrário, optará pela evasão. Indivíduos diferentes tomam decisões diferentes, porque possuem valorações subjetivas, varia o que cada um avalia como mais importante. Os motivos que levam jovens à largar a escola são demonstradores dos problemas que poderiam ser reduzidos, a fim de diminuir a evasão. Se a causa da evasão é a baixa renda familiar, então a escola será substituída por um trabalho que gere fonte de renda. Caso exista complicação quanto a distância a ser percorrida até a instituição de ensino, então haverá substituição para um lugar mais próximo, ou por um meio de transporte melhor, ou mais barato. Se o ensino for considerado desinteressante, a forma de transmissão de conhecimento pode mudar, ou então o aluno pode se tornar mais interessado em aprender, caso contrário, o abandono da escola se torna provável. A decisão de permanecer no sistema educacional ou não, é única e exclusivamente do aluno. É o estudante quem deve decidir sobre seu próprio futuro. Se em sua visão a escola for importante, então fará pequenos sacrifícios para nela continuar estudando, podendo pedir ajuda à familiares, amigos e até mesmo professores. Caso decida sair do colégio, poderá continuar a estudar por conta própria e se profissionalizar através de estágios.