Apesar do índice de crianças e jovens que frequentam a escola ter aumentado, ainda é preocupante que uma parcela significativa desses juvenis abandonem os estudos. Essa defasagem se da não só pelo uso de métodos arcaicos no ensino, como também os maiores evasores acabam sendo adolescentes carentes que precisam trabalhar para ajudar no sustento de casa. Com a Terceira Revolução Industrial no século XX, o uso de aparelhos eletrônicos passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, entretanto o ensino não se reformulou tecnologicamente e manteve assim seus mecanismos antigos. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, 40,3% dos jovens entre 15 a 17 anos abandonam a escola por desinteresse, pois os meios utilizados são desestimulantes e dificultam aprendizagem dos alunos que já estão tão inseridos no mundo tecnológico. Dessa maneira, a introdução de um material inovador e tecnológico auxiliaria não só os alunos, mas também os professores já que a aulas seriam bem mais dinâmicas, além de incentivar a continuação do aluno na instituição gerando um número maior de pessoas formadas e capacitadas. Aliás, outro fazer determinante para a evasão são os milhares de jovens carentes que necessitam abandonar a escola para poder contribuir com a renda familiar. No livro da escritora Conceição Evaristo intitulado "Olhos d'Água", relata essa triste realidade das comunidades carentes, em que jovens, majoritariamente negros, desistem de seus estudos para trabalhar. Essa perspectiva provém de um ciclo geracional normatizado pelas instituições públicas que carecem de atenção para com essas famílias que precisam de apoio para manter seus filhos na escola. Dessa forma, quando o Estado não age corretamente ocorre a continuação desse ciclo, assim como a perpetuação da intensa desigualdade social brasileira. Desse modo, vê-se o quão importante é a educação para a construção de uma nação mais igualitária. O Governo Federal, portanto, em parceria com o MEC, por intermédios de políticas públicas, deve equipar as escolas com materiais mais inovadores como telas interativas e retroprojetores com o intuito de estimular o aprendizado e tornar as aulas mais atrativas. Ademais, o Governo deve também criar um fundo de auxílio financeiro para os alunos de baixa renda com a finalidade de contribuir para que esses estudantes continuem nas escolas e tenham um futuro mais oportuno.