De acordo com a constituição, a educação é um direito de todos, sendo um dever do Estado e da família assegurar este direito e o incentivar, para o pleno desenvolvimento do indivíduo e o exercício de sua cidadania. Nesse sentido, observa-se uma contradição entre a lei e a realidade, visto que a evasão escolar apresenta uma parcela representativa, decorrendo, principalmente, da falta de incentivo das instituições escolares e da falta de recursos. Os principais fatores da evasão escolar, segundo um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), são o trabalho infantil, a falta de interesse por parte dos estudantes, as desigualdades sociais e a baixa renda das famílias. Este estudo mostra que não se trata apenas de uma causa, mas um conjunto, que são cotidianamente deixados de lado, e permanecem sem uma solução plausível. A insistência do modelo atual de educação para todos é inconsistente com a realidade vivida por parte dos estudantes, que não possuem acesso aos mesmos recursos que estudantes de uma renda maior possuem. A falta de comprometimento do Estado para com o dever dele próprio impulsiona a ação da evasão entre os jovens, que não se sentem acolhidos no meio escolar, e buscam outras atividades que lhe venham a render mais. O tráfico de drogas exemplifica isto, trazendo os jovens às ruas e comprometendo suas vidas. Além disso, a grande falta de interesse por atividades tão rotineiras realizadas nas escolas, parte de um modelo ultrapassado de ensino, intensifica esse abandono escolar. Em vista dos argumentos apresentados, deve-se realizar medidas para que combatam a evasão escolar no Brasil, como a iniciativa do Estado e das instituições escolares de maior participação na vida dos jovens, buscando a inclusão destes à sociedade, realizando atividades interdisciplinares que despertem interesse e os atraia para o meio escolar, e além disso, um maior investimento de recursos é necessário para suprir as necessidades educacionais.