Título da redação:

A educação não precisa ter raízes amargas

Tema de redação: A questão da evasão escolar no Brasil

Redação enviada em 01/05/2017

Cerca de 3,7 milhões de meninos e meninas entre quatro e dezessete anos de idade estão fora da escola no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2009). Com isso, surge a problemática da evasão escolar que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de interesse dos alunos, seja pela necessidade desses de trabalhar. Em primeira análise, cabe pontuar que o desentusiasmo estudantil está atrelado à didática maçante do ensino, onde não há participação dos alunos, que se limitam a ouvir longas palestras dos professores com excesso de conteúdo e ausência de dinamização. Além disso, a precariedade das escolas ilustrada por materiais quebrados, escassez de equipamentos esportivos e tecnológicos corrobora para intensificar a "fuga" da escola. Ademais, convém frisar que muitos adolescentes entram no mercado de trabalho cedo demais e a vida escolar acaba sendo sacrificada. Uma prova disso é a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta que 27, 1% dos jovens abandonam o colégio para ajudar no sustento da família. Diante disso, percebe-se que a não conclusão do ensino acarreta aumento no número de trabalhadores com baixa qualificação, fator esse ligado ao desemprego. Entende-se, portanto, que a evasão escolar é fruto da indiferença do educando e da responsabilidade desse com a renda familiar. A fim de atenuar o problema o Ministério da Educação aliado às secretarias estaduais e municipais de ensino, deve elaborar um plano de renovação didática por meio da interdisciplinaridade entre esporte, cultura, lazer e as áreas do conhecimento , como a relação entre a física e um jogo prático de futebol. Soma-se a isso a revitalização das escolas e equipamentos, mediante doação pela iniciativa privada em troca de alguma isenção fiscal do Estado. Outrossim, torna-se importante a participação dos Institutos Federais, como provedores de cursos profissionalizantes a serem ministrados aos finais de semana, com o intuito de capacitar pais e alunos. Assim, a educação não somente terá frutos doces, mas também raízes açucaradas.