O período Joanino trouxe a primeira universidade para o Brasil. A era Vargas, o acesso das massas ao ensino fundamental. Hoje, contudo, após décadas de reivindicações sociais que culminaram em um amplo sistema de ensino público gratuito até às universidades, a sociedade lida com o desinteresse geral de sua juventude pela educação. Tal fenômeno, que abrange cerca de 2,4 milhões de pessoas em idade escolar, é causado pelo deficiente sistema de ensino e pelas precárias condições da rede pública. Ao contrário do que, provavelmente, muito se pense, mais horas na escola não são sinônimas de maior aprendizado. Para isso, é preciso que a eficiência seja a pauta do sistema educacional. A Finlândia, que oferece cerca de 5500 horas-aula em matemática, obteve maior desempenho entre os países analisados pelo Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, em 2010. Israel, a exemplo, possui 8500 horas da mesma disciplina e esteve abaixo de países como Itália e Portugal, na pesquisa: todos inferiores à média e com com mais de 7000 horas-aula. Somado a isso, o fato do atraso tecnológico das escolas contribui para a evasão. Hoje, dispondo a sociedade de sistemas informacionais como "tablets" e computadores, a tarefa de passar uma manhã inteira sentados à frente de um quadro negro se torna algo massante para os alunos: o desinteresse soma 40,3% na fatia de motivos do abandono, segundo pesquisas. Isso comprova a tese de que se ater ao giz e ao apagador, somente, será sinônimo de não aprendizado e, este, por sua vez, resultará em, a cada 10 alunos, 4 desistentes. Com efeito, é notório o avanço do país ao longo dos tempos em se tratando da democratização do ensino. Apesar disso, a evasão é um problema atual e latente. Para superá-lo, basta que o Estado Brasileiro programe uma grade curricular mais experiencial e intensiva, com menos horas dentro da sala, a qual sujeita o aluno ao cansaço, estresse e ao consequente desinteresse. Somado a isso, investimentos em tecnologia podem tornar o aprendizado mais interativo, além de reter, por mais tempo, a concentração dos estudantes.