Augusto Cury, psiquiatra e escritor, define a ansiedade como o mal do século. Segundo ele, estão associados a ela uma série de distúrbios clínicos, entre eles, a depressão. No entanto, além dessa causa evidenciada, a depressão está associada a outros diversos fatores igualmente desconhecidos pela sociedade, o que tem gerado sérios impactos no mundo todo. É necessário considerar, em primeiro plano, que a falta de informação faz com que a depressão não seja tratada como doença e os acometidos não procurem ajuda. Durkheim denota que os indivíduos são impulsionados a pensar e agir de acordo com a sociedade na qual estão inseridos. Dessa forma, infere-se que a falta de um acompanhamento psicológico nas escolas, aliada à banalização da terapia, faz com que transtornos mentais sejam ignorados e os tratamentos médicos adequados sejam dispensados. Com efeito, esse quadro desencadeia uma série de impactos sociais e econômicos, como o suicídio e a queda de produtividade. A depressão, quando não tratada, impede a execução das tarefas mais simples pelo indivíduo que, muitas vezes, opta por tirar sua própria vida, por não ver outra escolha. Além disso, é notada uma baixa na produtividade quando no Brasil, por exemplo, cerca de dez milhões de pessoas são afetadas por essa doença e abandonam seus cargos, de acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, infere-se, portanto, que a depressão deve ser colocada em pauta, para que seus efeitos nocivos possam ser amenizados. Desse modo, cabe à OMS exigir medidas de todas as nações. Nesse sentido, os Estados podem reforçar o atendimento psicológico e psiquiátrico nos hospitais públicos e, com o apoio da mídia, realizar campanhas que enfatizem a seriedade da doença. Além disso, as escolas podem contar com psicólogos e oferecer palestras educativas que contem, inclusive, com a presença dos pais. Somente assim, a ignorância não irá tomar o posto de mal do século citado por Augusto Cury.