A depressão é um dos grandes males deste século, de acordo com a OMS, os índices estão aumentando principalmente entre os jovens. O Brasil hoje ocupa o terceiro lugar com maior incidência desta doença e as motivações são diversas; relações sociais conturbadas e crises financeiras, podem ser apontados como fortes causas. O diagnóstico precoce e a forma como se enxerga o problema, refletem o impacto dentro da sociedade. Os jovens brasileiros enfrentam cada vez mais cedo alguns conflitos sociais, seja através do bullying escolar, ou seja, por lares desfeitos através do divórcio dos pais tão comum atualmente. Por outro lado, adultos também enfrentam as crises financeiras, típicas de um país em desenvolvimento, e a solidão, em função do crescimento das relações virtuais. Neste cenário, a depressão se instala de forma a apontar o vazio construído por estes desarranjos. Por não ter forma aparente, a depressão costuma ser banalizada e criticada por muitos, dificultando a busca de tratamento por aquele que sofre. O reconhecimento da doença é fundamental, assim como o apoio das pessoas próximas, pois o avanço do problema pode levar à danos psicológicos graves e ao extremo do suicídio. Depressão é uma doença silenciosa, mas brutal e deve ser tratada com seriedade e respeito. É fundamental a exposição desta doença na mídia e nas escolas, porque a grande maioria que sofre, não tem confiança para pedir socorro. Maryon era uma menina francesa de 13 anos que cometeu o suicídio em 2013, por vergonha, os seus gritos foram internos e os indícios externos não foram suficientes para que seus pais vissem a depressão. Exemplos como esses devem ser sempre mostrados aqui no Brasil, a fim de evitarmos futuras “Maryons” em nossa sociedade.