A sociedade pós-moderna, embora avançada socioeconomicamente se comparada com o mundo de um século atrás, enfrenta um grande desafio: o aumento da depressão. Nesse contexto, governos e organizações de saúde mundiais se veem diante de uma doença que se espalha como uma epidemia, porém, silenciosa e que atinge indivíduos de todas as classes e nichos sociais. Primeiramente, a depressão é causada por diversos fatores e, dentre estes, alguns são exteriores aos indivíduos, sendo assim, para identificá-los é necessário analisar os contextos em que estão inseridos. No Brasil, por exemplo, o atual momento de tensão social e polarização política, associada a um cenário de recessão econômica, podem ter efeitos sobre pessoas que, diante do desemprego ou da frustração com o funcionamento da frágeis instituições brasileiras, já estão predispostas a apresentarem os sintomas da depressão. Tais fatores podem não ser determinantes, mas o acentuador da doença. Por outro lado, tem-se a falta de estrutura de saúde pública e a desinformação, de modo geral, para lidar com os transtornos mentais. Insistindo no Brasil, a precariedade do SUS torna-se um agravante àqueles que buscam ajuda especializada, pois por mais que consiga-se ser atendido ao menos uma vez, a depressão necessita de acompanhamento constante, tanto da família, a qual pode ser preconceituosa com o doente, devido à desinformação, quanto de um grupo de psicólogos e médicos dispostos, os quais ainda são uma questão problemática na atual rede pública de saúde. Diante disto, cabem ações. É necessário um aperfeiçoamento do SUS, visando a criação de centros especiais para o tratamento de transtornos mentais, unindo verbas do governo federal municipal. Por fim, a ONU, através de suas agências de saúde mundiais, deve estimular os países a desenvolverem políticas de atendimento às pessoas com depressão.