Desde a Literatura Ultrarromântica, no século XIX, com os escritores Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, por exemplo, o problema da depressão se faz presente. Configurada, consoante a OMS, como um distúrbio neuronal, tal doença persiste hodiernamente e reflete de forma direta em outros problemas de saúde, como as cardiopatias, e, também, na lógica econômica do país. Dessa forma, cabe analisar melhor essa problemática social e como amenizá-la. Em primeiro lugar, é importante destacar o vínculo entre a depressão e a saúde global do indivíduo. Tal afirmação se deve ao fato de que os sintomas dessa doença, como a insônia e a falta de ânimo, acarretam diversas outras mazelas, como obesidade e hipertensão, uma vez que o doente se adapta a uma vida sedentária. Nesse sentido, dados da OMS, de 2017, revelam que a depressão é a maior causa de incapacitação no mundo, já que ela afeta cerca de 322 milhões de pessoas. Assim, fica evidente a necessidade de criar medidas para prevenir esse mal. Outrossim, vale ressaltar que a depressão interfere diretamente na economia nacional. O motivo para isso é que, conforme indicado, a pessoa depressiva apresenta comportamentos que reduzem de maneira drástica a produtividade no trabalho. Nesse panorama, a OMS estima que as perdas econômicas originadas por essa moléstia custam em torno de um trilhão de dólares por ano. Desse modo, fica claro que essa enfermidade não atinge somente um grupo específico , mas todo o funcionamento da sociedade. A partir do exposto, tornam-se notórios os impactos que a depressão causa à saúde e à economia do país. Para conter esses males, portanto, cabe à mídia, por meio dos créditos finais das novelas de maior público, informar sobre as consequências de tal patologia, com o fito de que a população se previna desse mal. Ademais, convém ao Ministério do Trabalho, por meio de seus agentes públicos, fiscalizar a situação dos trabalhadores, a fim de que, caso necessário, eles sejam rapidamente encaminhados para tratamento. Com essas ações, notar-se-á a minoração dos efeitos negativos dessa doença que, assim como os poetas mencionados, é considerada o mal do século.