A depressão é um transtorno mental caracterizado pela presença persistente do sentimento de tristeza e pela perda de interesse por atividades normalmente prazerosas. Ansiedade, baixa auto-estima, abuso de drogas, assim como problemas financeiros, sociais e pessoais, são fatores determinantes para o desenvolvimento do distúrbio. Portanto, É inegável a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce da doença, pois, além de afetar negativamente a qualidade de vida em situações menos urgentes, pode ocasionar a decisão de suicídio em casos mais avançados, se não houver intervenção terapêutica. Em primeira análise, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão afete 5,8% da população brasileira, dado que confere ao país tropical a posição número um entre as nações latino-americanas. Ademais, sabe-se que a doença atinge proporções internacionais, logo não limita-se ao hemisfério ocidental, nem aos povos subdesenvolvidos. O Japão, terceira maior potência econômica, apresenta alta taxa de depressão por inúmeras questões relacionadas à cobrança excessiva, exemplificada no quesito desempenho escolar, cujo os alunos não se consideram bons o suficiente, quadro agravado devido ao mercado competitivo em ascensão. Vale salientar ainda que, de acordo com o renomado escritor e também doutor em psicanálise Augusto Cury, o desejo de morte objetiva acabar com a dor,mas nunca com a vida. Dessa forma, revela-se que a atitude suicida é vista como solução temporária para as adversidades protagonizado pelo psicologicamente enfermo. Paralelo a isso, no ano de 1954, o então presidente Getúlio Vargas desferiu um tiro contra seu peito, que, de forma certeira, atingiu o coração. Por meio de uma carta-testemunho escrita momentos antes, o populista afirmou ter lutado pelo progresso da nação e que nada mais poderia ser feito, mas, ainda assim, era erroneamente caluniado. Conclui-se que o suicídio foi considerado por ele uma alternativa viável para escapar das insuportáveis infâmias. Dessa maneira, urge a necessidade de uma ação conjunta entre o Ministério da Educação (MEC) e as escolas-instituições dedicadas ao ensino e à aprendizagem-, por meio da adição de palestras e debates orientados por profissionais especializados em saúde mental, para que sejam esclarecidas as possíveis dúvidas acerca do assunto e os alunos sejam alertados desde jovens sobre a importância do diálogo e do acompanhamento psicológico para a cura do distúrbio. Outrém, cabe a Mídia -encarregada pela difusão em massa de informações-, a partir de propagandas televisivas e virtuais, a divulgação de Organizações Não-Governamentais (ONGs), como o Centro de Valorização da Vida (CVV), atuantes em prol dos indivíduos que precisam de ajuda emocional, a fim de que a exposição dada aumente a quantidade de pacientes em busca de tratamento e de voluntários unidos pela causa, pois assim contribui para a possibilidade de formação de uma sociedade mais saudável e harmônica.