Pode-se dizer, resumidamente, que a depressão é um estado de tristeza crônico. Geralmente o indivíduo acometido por esse mal, perde o ânimo de fazer coisas que antes lhe eram rotineiras, causavam prazer e até mesmo não sente mais vontade de viver. Hoje, sabe-se que essa patologia pode ter diversas razões, como genéticas, hormonais ou mesmo situações do dia-a-dia que tanto podem ser motivo, como servem para intensificar o problema em pessoas pré-dispostas à depressão. O objeto de estudo do sociólogo Émile Durkhaim foi o fato social, no qual relata a influência direta do meio na vida das pessoas, ou seja, o comportamento individual é estabelecido pela sociedade. Como exemplo, pode ser citado a sociedade atual, em que há uma exacerbada valorização da imagem, influenciada pela mídia e as redes sociais, que impõem padrões de beleza, sucesso e estilo de vida ideais. Isso tudo, gera pseudovalores e pseudonecessidades, os quais uma grande parcela da sociedade não consegue almejar e, dessa forma, contribuem para segregação social, frustações e depressão, pois além do ter para ser, hoje, se prega o ter para aparecer. Após a Revolução Industrial, houve um verdadeiro bombardeamento de tecnologias e que proporcionaram novas e variadas formas de comunicação, como as famosas redes sociais. Todavia, existe um paradoxo, pois as tecnologias vieram para agregar e melhorar as relações interpessoais, mas o que se presencia é o surgimento de verdadeiras multidões isoladas. As pessoas afastam-se, passam horas em redes sociais e dificilmente marcam encontros para conversarem “olho no olho”. E isso, pode sim ser um agravante para o desenvolvimento de depressão, principalmente, entre as pessoas que já têm tendência. Ademais, outros motivos podem levar a esse mal, como fatores genéticos, hormonais, estresse, bullying, perda de um ente querido ou trauma de infância. Em virtude dos fatos mencionados, verifica-se que a depressão é um problema cada vez mais comum na atualidade. E para amenizá-la seria interessante que o Ministério da Saúde em parceria com o MEC, implantasse campanhas socioeducativas na mídia e nas escolas, a fim de informar sobre os sintomas da depressão. A exemplo, tem- se, perca de interesse nas atividades corriqueiras, dificuldade de concentração, baixa autoestima, choro e desamparo, e que muitas vezes são confundidos por familiares e amigos como preguiça, mimo ou birra. As escolas poderiam também trazer o problema para a sala de aula e mostrar para as crianças por meio de histórias e dramatizações a como lidar com tristeza, bullying, baixo autoestima, incentivando-as a procurar ajuda dos pais e professores. Além de orientá-las a não se isolarem, mas a procurarem fazer atividades que lhes proporcionem prazer e o contato com pessoas queridas.