Título da redação:

A efemeridade da vida no século XXI

Tema de redação: A questão da depressão e seus impactos na sociedade

Redação enviada em 19/09/2018

A questão do desejo pelo suicídio já era debatida pela literatura, na segunda geração romântica, em pleno século XIX. Nesse sentido, percebe – se que tal problemática ainda assola a sociedade contemporânea com um significativo aumento desses casos devido, entres outros motivos, à decadência da instituição família, bem como pelo descaso do Governo em criar mecanismos eficientes para combater esse problema. Desse modo, é necessário que subterfúgios sejam encontrados com a finalidade de resolver esse quadro. Em princípio, vale ressaltar que, de acordo com o sociólogo Bauman, “ Na sociedade contemporânea, emergem o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações”. Nesse contexto, depreende-se o quanto esse desejo pelo individual tem contribuído para os crescentes casos de suicídios no país, em razão das pessoas não se interessarem pelo bem-estar umas das outras, de modo que o importante é o “eu”. Logo, observa-se que esse pensamento conseguiu abalar, também, a estrutura social dentro dos lares porque, atualmente, o diálogo familiar perdeu o seu valor como alicerce social e orientador, essencial para prevenir e combater doenças psíquicas, assim, podendo evitar muitos casos de suicídio. Ademais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prática do bullying é um dos fatores causadores de tal problemática, algo que vem aumentando dentro das instituições de ensino brasileiras. Isso porque, o bullying contribui para o surgimento da depressão que, consequentemente, pode provocar no indivíduo o desejo em pôr fim à sua vida como forma de resolver a sua insatisfação e tristeza profunda. Dessa maneira, fica evidente a inércia do Estado nesse caso, pois a ausência de programas voltados para combater esse quadro dentro desses ambientes contribui para esse aumento significativo de tal comportamento que atinge não só a população jovem, mas também a adulta. Infere-se, portanto, que essa questão faz parte da realidade brasileira e exige uma atenção especial. Diante disso, a fim de minimizá-la, a família deve, enquanto formadora de opinião e de caráter, focar no diálogo como forma de orientar e compreender, para tentar entender o pensamento dos filhos, com o objetivo de evitar o desenvolvimento de doenças psíquicas que podem levar ao suicídio. Concomitantemente, o Governo Federal deve, aliado às esferas Estadual e Municipal, criar núcleos especializados nesse problema dentro das escolas e universidades, por meio de profissionais capacitados na identificação desse caso, com o intuito de evitar que alguém tente tirar a própria vida.