A depressão, doença mental verificada em milhões de pessoas ao redor do mundo, apresenta ligações diretas com suicídios e tentativas, automutilações, além de outros transtornos agressivos e sentimentais. Embora esse quadro clínico seja evidentemente grave, grande parcela da sociedade ainda não reconhece essa doença como se deveria e, consequentemente, não lhe dá o devido tratamento. No Brasil, quase 20% da população já teve depressão ao menos uma vez na vida. No entanto, tal transtorno é notado, muitas vezes, erroneamente, visto que por se tratar de uma doença mental, ela é sorrateira, apresenta sinais leves em seu início e também não contém sintomas físicos. Tais motivos são a base para não dar a devida atenção ao depressivo, piorando, assim, o estado do paciente. No entanto, a subestimação da depressão não só dificulta o tratamento do doente, mas agrava também, o autodiagnostico, já que pressionado pela opinião alheia, o depressivo se torna refém de comentários sem conhecimento e não busca a ajuda psiquiátrica necessária para seu quadro mental, acabando, dessa forma, com uma síndrome de negação da doença. Em meio a esse cenário social margeando a doença, portanto, é evidente que a abordagem e o olhar em relação a depressão devem mudar. Para isso, campanhas publicitárias apoiadas pelo Ministério da Saúde devem trazer à todas as classes da população a gravidade da doença, os sintomas do paciente e como lhe ajudar no tratamento, afinal, o transtorno depressivo é doença sim, e precisa de tratamento como todas as outras.