Percebe-se no contexto atual, uma intensa discussão a respeito da banalização do apoderamento dos símbolos principais das comunidades, o que vem causando desconforto e indignação de uma parcela da população brasileira. É necessário entender que a partir do momento que o homem começou a ter contato com sociedades diferentes, principalmente na época das primeiras navegações e no período colonial, em muitos casos, grupos de pessoas se permitiram interagir com as comunidades como forma de aprimorar suas técnicas, estabelecer trocas e fazer alianças. Com isso, puderam conhecer novas culturas e levar particularidades dessas para seus cotidianos. Como consequência dessa interação entre as culturas, surgiu o chamado egocentrismo cultural, significando que, um grupo de indivíduos considera sua cultura superior a outra por seus ensinamentos religiosos, seus valores, pela etnia e pelo desenvolvimento do meio em que vive o seu grupo social e impõem a ideia de serem superiores a outro grupo com o objetivo de que estes sigam o que este grupo, que se considera superior, diz ser correto. Porém com o avanço das tecnologias e o maior acesso ao ensino, deu o início a desmistificação da ideia de superioridade, contribuindo com a aceitação e a importância de suas culturas. Tendo em vista que o preconceito racial e cultural ainda são recorrentes no Brasil, muitas mulheres principalmente negras da frente feminista de esquerda, estão se posicionando nas redes sociais, a respeito da aceitação que mulheres de diferentes grupos étnicos estão tendo nas mídias, ao utilizar tendências populares da luta contra o racismo e a escravidão, como cabelo cacheado, turbantes e tranças. Isso se tornou um problema na medida em que se forem utilizados por mulheres negras muitas vezes é taxado como feio. Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema a respeito da banalização do apoderamento dos símbolos culturais. Em primeiro lugar, a diretoria das escolas juntamente com os professores de sociologia, deveriam promover debates e discussões nas salas de aula abrangendo o assunto de Relativismo cultural, que tem como fundamento conhecer novas culturas e aceitar que todas são importantes. Em segundo lugar, mas não menos importante, os pais devem mostrar a seus filhos a importância de se aceitarem como são e conviverem com pessoas de diferentes culturas, para que se possa acabar cada vez mais com o preconceito e a falta de respeito pelo diferente.