No Brasil, a escravidão foi proibida pela Lei Áurea em 1888, e desde esse período os negros buscam inserir-se na sociedade de forma igualitária aos brancos e, ao mesmo tempo, construir uma identidade cultural que reforce sua história de luta. Todavia, analisa-se que é cada vez mais comum encontrar pessoas e indústrias que se apropriam desta identidade e de outras minorias sem pertence-lhes. A apropriação cultural pode ser exemplificada quando um não negro utiliza o turbante, acessório de relevância para os negros, por ser um símbolo de afirmação, resistência da escravidão e orgulho da ancestralidade, como também afirma o site da UOL. Quando um branco faz o uso dessa vestimenta, remete a uma relação de poder historicamente explícita no mundo e, mesmo que por vezes seja não intencional, torna-se uma ação antiética pelo valor que se agrega a ela. Não obstante sejam os negros que mais sofrem com a questão da apropriação cultural, também existem outros grupos que, por falta de conhecimento histórico da população, tem seus costumes banalizados. Um exemplo é o haka, expressão cultural e religiosa de altíssimo valor para os aborígenes neozelandeses, que é reproduzido, principalmente nas redes sociais, como uma dança divertida e assustadora dos esportistas da Nova Zêlandia. Esses fatos comprovam o desconhecimento histórico-cultural da sociedade frente a situações como essas, portanto, é de responsabilidade do MEC (Ministério da Educação) promover palestras que busquem levar essas informações ao cenário mais jovem da população. Paralelamente a isto, devem ser feitas críticas midiáticas e em redes sociais para conscientizar as empresas, principalmente de moda, que utilizam mulheres brancas com turbante ou dread em suas propagandas, entre outros exemplos que ignoram as identidades de grupos oprimidos.