As grandes imigrações do século XVIII, trouxeram diversas culturas ao Brasil. Esses aspectos de diferenças regem nossa sociedade atual, porém, questões sobre apropriação cultural geram debates. Nesse assunto temos pessoas que se sentem ofendidas por seu modo de vida ser inserido em outros padrões sociais, e a partir daí, a intolerância surge como inibidora da liberdade de expressão, sendo contrária a propagação da diversidade. A apropriação cultural sem um propósito bem definido , adotado por alguns, traz desconforto para as pessoas historicamente pertencentes a determinadas classes. Nessa questão, encontramos o materialismo, pois o uso de vestimentas símbolos de alguns povos, apenas para efeitos visuais, vem tirando o real valor cultural do objeto. Como exemplo disso, podemos citar o turbante, muito utilizado por escravas negras no período de escravidão no Brasil, atualmente usado tanto por mulheres negras quanto brancas, porém, poucos sabem o valor cultural e a origem da peça e questões históricas vão ficando para trás. Assim, parafraseando o filósofo George Santayana , o passado sendo esquecido ou não conhecido pode levar a futuros erros já presenciados. No entanto, também existem pessoas que levam um estilo de vida baseado em outras culturas de um modo legítimo, seguindo e propagando seus princípios, e mesmo assim não são valorizadas e sofrem discriminações por membros pertencentes historicamente daquela classe. A globalização proporcionou a expansão do diferente, por meio da internet e mídia em geral, o que levou muitas pessoas a se identificarem com outros aspectos de vida, e é partir disso que pode se fortalecer mais os fatos socioculturais de certos povos. Dessa forma, a intolerância em cima de certas apropriações culturais vão contra o sua disseminação e autenticidade, facilitando o seu esquecimento. Sendo assim, o apoderamento de aspectos de vida de outras populações é um assunto delicado que envolve falta de conhecimento e preconceitos.Para se ter uma melhor junção de culturas é necessário um maior entendimento da questão. Consequentemente, as redes de ensino devem apresentar características e aspectos históricos de determinadas classes sociais, através de palestras e trabalhos escolares, aumentando o conhecimento dos jovens sobre a diversidade que está inserida em nossa sociedade, estimulando a tolerância. Além disso, a mídia pode apresentar novelas e séries com personagens de diferentes culturas, explicando seus principais aspectos aos telespectadores, promovendo a conscientização dos mais velhos. Logo, o assunto deixará de ser um obstáculo e as diferenças serão mais aceitas.