Há aproximadamente 150 concepções do que é cultura, a mais aceita é do antropólogo Edward Tylor que diz ser todos os hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade, levando isso em consideração, existem milhares de microculturas que podem se fundir ou realizarem intercâmbio, trocando informações. Contudo, grupos historicamente excluídos podem ter sua cultura abominada, por vezes, indivíduos desse estrato deixam suas práticas para evitar preconceitos, no entanto, visando o lucro, o grupo dominante ressignifica símbolos e muda o protagonista para atrair a maioria da população, esse processo é chamado de apropriação cultural. Isso já foi feito com o axé e os estilos musicais nos EUA na década de 50, dois exemplos onde o trabalho criativo é de um grupo, todavia, o sucesso financeiro é concedido a outro. Também pode ser percebido em campanhas publicitárias que estão sendo feitas com mulheres brancas e objetos de importâncias para negros que passam a ser vistos como meros acessórios, porém o maior transtorno é o fato de o preconceito continuar existindo com os percussores desses símbolos, confirmando o que o poeta B. Easy cita: “a cultura negra é popular, pessoas negras não são”. Assim, percebe-se que o inconveniente não é o indivíduo que utiliza de aspectos de uma outra cultura e sim a forma como ela é vista pelo senso comum, além da perda do sentido através das indústrias. Uma cultura só deixa de existir quando é proibida ou esquecida, por isso, o fato de ser usada de maneira errônea é uma oportunidade de debater sobre ela, diante disso, cabe aos que a seguem originalmente, explicar seus significados e sua importância para aumentar a conscientização dos consumidores e a escola que abriga diversos grupos deve realizar palestras para aumentar o conhecimento dos jovens ,incentivando o intercâmbio cultural.