O Brasil é um país constituído por povos de várias origens e tradições. Cada tradição tem como característica marcante seus símbolos, roupas e vestes, repleto de princípios e significados. No entanto, em pleno século XXI, o país vem enfrentando uma apropriação cultural antes nuca visto na história. Isto se torna um problema, pois não apenas estão direcionando atributos culturais como fins estéticos como também estão comercializando produtos que expressam valores culturais. No que se refere aos atributos culturais como fins estéticos percebe-se que uso indiscriminado de vestimentas e adereços vai se tornando costume no país. Como exemplo, temos o turbante, tira de pano usado na cabeça de origem oriental e africana. Esse adorno vem sendo usado por pessoas de diversas culturas e muitos sequer sabem o seu significado. Segundo entrevista realizada pelo portal de notícias G1, que abordava o assunto “apropriação cultural”, a jovem Jéssica, de 23 anos, cor branca, disse usava o turbante porque achava bonito e diferente. Porém, não sabia o qual o significado. Todo cuidado é pouco, pois além da banalização também pode ferir o princípio da cultura dos povos. Além disso, outro fato que chamou atenção ocorreu no Brasil, onde se percebe que o uso de símbolos, restritos a algumas tradições, vem sendo comercializados livremente, como produtos qualquer. Foi o que a marca havaianas fez, fechou contrato com uma só pessoa que disponibilizou vários grafismos de uma tribo de índios do alto Xingu, localizado no Mato Grosso, conhecido como Yawalapiti. Conforme o site de notícias Uol, nenhum cacique da tribo foi consultado quanto a comercialização dos grafismos. Isso evidencia que algumas pessoas sequer respeitam as tradições e culturas alheias e não se importam com a essência da questão. Em suma, a apropriação cultural no Brasil vem sendo um problema. A fim que essa caótica questão seja elucidada ou minimizada torna-se necessário a conscientização das pessoas e que se possa ser passível de processo o envolvido ou a empresa que denegrir ou banalizar a imagem cultural dos povos. Para que isso ocorra, devem-se criar propagandas elucidativas sobre as diversas culturas e seus valores e o governo disponibilizar serviço jurídico que possa envolver esses assuntos. Assim o Brasil que é um país constituído por sua diversidade cultural poderá valorizar ainda mais essa questão.