Apropriação cultural é o ato de utilizar elementos característicos de uma determinada cultura minoritária ou desvalorizada por membros de outra dominante. Nesse aspecto, surgiu pessoas da negritude que se manifestam contra a apropriação de turbantes, dread, tranças e outros elementos afro-asiáticos pela indústria da moda e descendestes europeus. Um dos principais fatores que motivam a crítica sobre o uso de tais elementos é a sua transformação em adornos, sem trazer consigo seus significados. É o caso do episódio em que a revista Vogue utilizou modelos brancas para desfilar com turbantes. O que se questiona nisso é o fato de valorizarem um objeto quando utilizado por brancos e elevar seu preço devido à marca, enquanto mulheres negras continuam sofrendo racismo diariamente por utilizarem-no e pequenos artesãos sobreviverem com a vendo de tais itens a preços ínfimos. Entretanto, é notório que se opor à apropriação cultural em um país miscigenado, como é o caso do Brasil, e devido à globalização, é irracional. Ao contrário do ocorrido em Curitiba com a jovem que, ao usar turbante, foi discriminada por jovens negras, todos possuem a liberdade de escolha sobre vestuário, religião, alimento, etc. Qualquer tipo de segregação é corrosiva à sociedade e não é uma solução contra a discriminação. Desta forma, a popularização de qualquer elemento de uma cultura desfavorecida deve servir como forma de engrandece-la e proporcionar sua aceitação, ao invés de valorizar um objeto enquanto seus membros continuam sendo oprimidos. Para isso, é necessário dar espaço também aos representantes culturais para que, assim, sirva como forma de combate contra o racismo. Outras formas de valorização e conscientização é a realização de palestras nas escolas e na comunidade, seja por ONGs ou pelo governo.