Durante o período colonial no Brasil, os portugueses se apropriavam da cultura indígena para facilitar a comunicação e, consequentemente, o escambo. Porém, na atual sociedade, o ato de apropriar-se de práticas religiosas como estética física, tornou-se uma ação desrespeitosa para muitos cidadãos. Essa interpretação errônea se manifesta, sobretudo, devido a expansão do fundamentalismo religioso. Em virtude disso, a cantora Anitta foi acusada de apropriação cultural por conservadores, nas redes sociais, após fazer tranças no cabelo –dreads – e pintar-se de negra. No entanto, a artista não ofendeu cultura alguma, mas disseminou um hábito afrodescendente. Ademais, apoderar-se de costumes aderidos por minorias religiosas vai dissolver preconceitos, assim como diversas culturas africanas são denominadas de macumba. Nesse contexto, uma jovem de 11 anos foi apedrejada no subúrbio do Rio de Janeiro, em junho de 2015, por fundamentalistas religiosos enquanto saia de um ritual candomblecista. Desse modo, o “acolhimento” pela sociedade desses dogmas vão minimizar tais malefícios. Portanto, é fundamental que os governadores instituem penas mais rígidas aos indivíduos que atribuírem estereótipos danosos a qualquer cultura. Além disso, o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação devem ampliar as campanhas nas escolas e nos demais órgãos públicos, através de palestras e debates sobre a diversidade cultural presente no Brasil e suas origens, a fim de tornar ainda mais evidente o benefício da apropriação cultural.