Apropriação cultural, tema que se dá pela adoção de alguns elementos específicos de uma cultura por um grupo cultural não pertencente. As principais culturas alvos dessa apropriação é a negra e a indígena, grupos historicamente massacrados e discriminados. Entretanto, a pessoas acusadas dessa apropriação, em muitas vezes, não sabem o significado desse termo, muito menos do elemento apropriado. Nesse sentido, ao contrário do que Gilberto Freyre sugere, o Brasil não vive uma democracia racial. Uma vez que nas escolas muito se ensina a respeito dos povos europeus e tão pouco é destinado àqueles que ajudaram a forma a identidade do nosso país. Dessa forma, a cultura negra e indígena é alvo de tratamentos diferenciados, sendo assim, desvalorizados cultural e socialmente. Outrossim, com base no que diz o sociólogo Theodor Adorno, a indústria cultural transforma a cultura em produtos, em virtude disso, a essência simbólica é perdida. Aliás, isso é facilmente observado em publicidades que mostram modelos brancas usando turbantes, objeto que é elemento da cultura negra. Dessa forma, é possível analisar que a mídia fomenta a apropriação cultural, não se importando com o significado, mas sim com o lucro, o que é característico do mundo capitalista que vivemos. É essencial, portanto, que a educação, que é formadora do homem, segundo Kant, inclua a cultura negra e indígena. Posto isso, faz-se necessário que as secretarias de educação, em parcerias com ONGs relacionadas a essas culturas, agreguem palestras e oficinas às aulas, para que, desde novos, estudante conheçam e entendam o valor desses povos para nosso país. Ademais, o Ministério da Cultura deve incentivar que os grupos que são alvos dessa apropriação cultural, utilizando a mídia, falem sobre o assunto a fim de que todos possam entender o valor de seus elementos culturais, para que estes não sejam apenas produtos, e sim objetos que carregam grande valor histórico-cultural. Dessarte, tornando o país uma democracia racial.