Dentro de todas as sociedades existe um padrão cultural e os indivíduos normalmente agem de acordo com os padrões estabelecidos pela sociedade em que vivem. Se existem sociedades diferentes, é por que existem culturas diferentes e na maioria das vezes, contato entre elas. Um exemplo disso é a formação cultural Brasileira. Durante a colonização no Brasil, ocorreram intensos contatos entre o colonizador português, os povos indígenas e os africanos trazidos como escravos. Como consequências desse contato ocorreram modificações que deram origem a cultura brasileira. Esse contato e mudanças são conhecidos como aculturação. Mas ultimamente, vêm se discutindo bastante a questão da apropriação cultural. Que é descrita como a adoção de alguns elementos específicos de uma cultura por um grupo cultural diferente. Dentre estes elementos estão objetos, acessórios, penteados e podem envolver, ainda, outros âmbitos como a música, por exemplo. Mas, não será a apropriação cultural um elemento da globalização? Ocorreu recentemente um episódio onde, um grupo de pessoas negras não concordou com o fato de pessoas brancas usarem o turbante, levantando a discussão de que o acessório faz parte da cultura africana e é usado como forma de resistência contra o preconceito já que, quando é usado por brancos é identificado como um acessório da moda ou algo bonito e quando usado por negros remete ao preconceito contra os estereótipos da etnia negra. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman “Na pós-modernidade, as comunidades não têm como manter puras as suas tradições, elas não podem mais manter intransponíveis as fronteiras que separam o dentro e o fora”. É difícil discutir o fato de se apropriar de algo da cultura alheia, quando isso é praticado todos os dias, por diversas nações. Dessa forma, conclui-se que as consequências da globalização são inevitáveis, pois os costumes das sociedades estão sempre mudando e sempre se adaptando as coisas novas e diferentes. Mas é necessária a educação para a população, ensinando a história dos povos e a origem de determinados elementos, evitando a apropriação cultural. Só assim, pode-se combater o racismo aos poucos, evitando que etnias diferentes sejam vistas de formas diferentes, e que essa segregação racial existente, seja cada vez mais combatida e fiscalizada quando promovida nas mídias sociais e no mercado comercial. Assim, promove-se cada vez mais uma sociedade justa e menos racista.