Título da redação:

Apropriação cultural ou cultura de pré-julgamento?

Tema de redação: A questão da apropriação cultural no Brasil

Redação enviada em 28/02/2017

A cultura brasileira é rica e diversa em patrimônios palpáveis como símbolos, adereços e registros históricos. Desde a segunda revolução industrial, era notável a apropriação cultural do empresário à indústria comercial de uma cultura, onde o opressor capitalista explorava os trabalhadores com altíssimas horas de trabalho, o que resultou no sistema capitalista ou cultura de consumo. Por conta do consumo, atualmente, as pessoas têm confundido a apropriação cultural com o pré-conceito. A cultura se faz existente, mas é através da apropriação que ela é transformada e propagada. A introdução de novos elementos vindos de outras culturas é essencial para contribuir com a sua identidade. Como a cruz, por exemplo, que passou de um instrumento de tortura romana para um símbolo de resistência judaica a expressão de fé cristã. Também diversos aparatos foram integrados à cultura negra com o passar do tempo, do Iemanjá ao turbante. Por outro lado, não significa dizer propriamente que é apropriação cultural quando se vê uma mulher de outra etnia fazendo o uso de um turbante sobre a cabeça, não se sabe ao certo se aquela mulher tem alguma cicatriz e possui o cabelo com falhas ou possa ter um tumor maligno que por consequências de quimioterapias a envergonhe de mostrar o seu couro cabeludo, ou possa ser até mesmo uma mulher da cultura africana, porém miscigenada. Bem como, fazer um pré-conceito ou um pré-julgamento sem ter a real certeza, caracteriza-se como preconceito, tão grave quanto à apropriação cultural, a depender de cada moralidade. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Conforme Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Baseado nesse pensamento, o Ministério da Educação (MEC) deve promover nas escolas, palestras ministradas por psicólogos para conscientizar os estudantes sobre o respeito às diversas culturas, para que no futuro eles não se tornem cidadãos intolerantes culturalmente, já os pais, devem dar continuidade em casa, ensinando os filhos a respeitarem e tratarem com igualdade e sem preconceitos as pessoas das vastas culturas. Já a mídia, deve abordar em suas programações, conteúdos que conscientizem os diversos públicos a respeito da igualdade cultural sem fazer qualquer tipo de pré-julgamento. Por fim, o governo deve criar mais ouvidorias para denúncias e criar delegacias especializadas para amenizar esse cenário de apropriação cultural e preconceito.