Após a Guerra Fria, com o avanço do capitalismo, o processo de globalização intensificou-se, bem como seus efeitos. Diante disso, o contato com diferentes povos aumentou a diversidade cultural. O ato de pegar hábitos de uma cultura para si seria um ótimo pontapé inicial para a união da sociedade brasileira se não fosse a estereotipização criada pela mídia. É importante pontuar que várias culturas já foram duramente reprimidas, fato que não aconteceria se elas fossem difundidas entre os povos. Os bascos passaram para as gerações seguintes sua língua e tradição oralmente, até que a ditadura franquista os proibiu de praticar sua cultura. Tal atitude não poderia ser tomada caso os costumes desse grupo tivessem sido espalhados em grande parte da população. Porém, é fundamental destacar que ao adquirir comportamentos de outras etnias, suas histórias são escondidas para a manutenção de estereótipos. No Brasil, diversas práticas da cultura afro são introduzidas às demais pessoas, como o uso de turbantes e tranças. Entretanto, quando é uma mulher branca que utiliza estes acessórios, ao invés disso ser um sinal de união entre os povos, acontece justamente o contrário, já que ninguém reconhece a presença de traços da criação negra ali. É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante do problema, uma vez que a apropriação cultural vem sendo manipulada pela mídia. Sendo assim, as emissoras de televisão devem nos programas e novelas enfatizar a beleza da cultura negra e não só a branca como acontece rotineiramente. Em acréscimo, nas escolas, os professores de história devem sempre ressaltar a importância da multiculturalidade na construção do país com o intuito de deixar isto aos alunos como um legado positivo na formação das sociedades.