Título da redação:

A apropriação excludente

Tema de redação: A questão da apropriação cultural no Brasil

Redação enviada em 12/07/2017

A apropriação cultura é assunto de polêmica em nossa sociedade. Porque revistas de moda passaram a usar elementos das indumentárias negra e indígena. O que motivou críticas desses movimentos a essas empresas, que por sua vez gerou perguntas sobre a liberdade individual de vestir qualquer roupa de outra etnia. É natural indivíduos passarem a adotar elementos identitários dos outros. O problema aparece quando a busca do lucro faz a apropriação cultural enfraquecer as culturas das minorias. Assim, o lucro da Indústria Cultural enfraquece a cultura, principalmente a das minorias. Porque em nossa sociedade todas as relações convergem para a troca de mercadorias. Visto isso, Adorno e Horkheimer, sociólogos alemães, explicitam a transformação da cultura em produto, em estratégia de dominação. Tal indústria massifica a produção de filmes e músicas da cultura hegemônica que é branca, heterossexual, cristã, capitalista; liderada por Hollywood. Essa hegemonização torna tudo o que é diferente estranho, desinteressante. Ou seja, negros, asiáticos, índios têm suas identidades esvaziadas. Desse modo, a apropriação cultural obedecer a lógica dessa indústria é o problema, não a troca de símbolos e imagens entre indivíduos. Por isso, sob a lógica da renda, grandes empresas se apropriam das identidades culturais em suas capas de revistas, filmes, sem menção alguma dos significados profundos delas. Por exemplo, o turbante significa resistência, afirmação, orgulho negro. Capas de revistas com modelos brancos usando símbolos negros, indígenas, reforçam a expropriação dessas identidades. Logo, a apropriação cultural capitalista enfraquece a cultura das minorias. Para diminuir o problema, o Governo deve instruir os alunos sobre o consumo consciente, colocando matérias a respeito no ensino médio, assim como aumentar as aulas de sociologia pois ensinam a refletir sobre o assunto. As famílias podem continuar usando turbantes, brincos com penas, porém, unir-se a ONGs de movimentos negros e indígenas para aprender mais sobre a história e sofrimento deles de modo a enobrecer o uso dessas indumentárias.