Título da redação:

A apropriação cultural no Brasil e suas consequências

Tema de redação: A questão da apropriação cultural no Brasil

Redação enviada em 15/03/2017

Durante o século XX, Carmen Miranda se apresentava com turbante em seus espetáculos no Brasil e no mundo, sem nenhuma crítica. No entanto, no século XXI, com maior acesso a informação, o questionamento em cerca da apropriação dessas peças é discutido constantemente na última década, gerando assim consequências positivas no âmbito educacional e social do cidadão brasileiro, abrindo um questionamento sobre o lucro e comércio em cerca de culturas antes marginalizadas. Nos dias atuais, a banalização do uso de peças de origem africana, retrata o quão a falta de conhecimento e respeito em cerca da luta sobre os direitos de raízes negras é propagado no país. Durante a colonização portuguesa, negras usavam turbantes para se protegerem de violência. Dessa forma, é uma afronta que pessoas descendentes de raças abusivas, usem peças de pessoas que foram vítimas dessa distinção de raça como mero acessório, enquanto o objetivo sempre foi resistência e não ostentação. Sendo assim, muitas ONG's e movimentos feministas atrelados a mulheres negras, protestam e levantam discussões sobre a apropriação cultural. O problema discutido pela classe não é apenas o uso do turbante por brancos, e sim a marginalização que ocorre quando a mesma peça é usada por negros. É o caso da Revista Vogue, que produziu um desfile sobre a cultura africana, com modelos brancos. Com maior patrulha social, é possível identificar muitos brasileiros conscientes da causa social. Mesmo que em pequeno índice, foi-se gerado maior número de cidadães cientes e indagadores sobre o tema. Portanto, é preciso que medidas educacionais sejam implantadas no país. Como disse Kant, o homem é o que a educação faz dele. Cabe ao governo desenvolver parceria entre o Ministério da Educação com o Ministério da Cultura, de modo que a junção desses dois órgãos, planejem palestras obrigatórias nas escolas de esfera pública e privada, ministradas por ONG's de raízes africanas e movimentos feministas, orientando crianças e adolescentes sobre os valores culturais, sociais e éticos dos costumes de raças divergentes.