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Redação sem título.

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 18/06/2016

Historicamente, os táxis sempre foram encarados como um transporte alternativo que, mesmo apresentando um maior custo ao consumidor, nunca perdeu sua popularidade. A realidade atual, no entanto, revela um cenário que vem assustando os taxistas: a possibilidade de adesão por muitas cidades brasileiras do serviço de transporte privado da multinacional Uber. É fundamental, portanto, analisar de que forma essa aderência ao novo serviço está sendo realizada e se a sua proibição seria mesmo a melhor solução. Em primeiro lugar, é importante considerar o fato de que os taxistas não se queixam apenas da concorrência, mas também de todo um sistema. Convém perceber, desse modo, que ao oferecer um serviço exclusivo, mediado pela facilidade que o aplicativo da Uber disponibiliza, além de um atendimento diferenciado a um preço acessível, os motoristas de táxi perceberam que sua hegemonia está ruindo. É pertinente apontar, também, que a questão da regulamentação jurídica é um fator intensificador das discussões, uma vez que devido à não necessidade de a Uber para conseguir a licença para dirigir, os taxistas sentem-se injustiçados quando comparam com a suposta facilidade que os motoristas da Uber apresentariam. Além disso, é válido ressaltar o fato de que atos de violência entre taxistas e motoristas da Uber tornaram-se frequentes. É importante apontar, dessa forma, que tal rivalidade chegou a níveis preocupantes, não só para os veículos— que eram constantemente depredados— mas também para seus donos. Tal situação pode trazer efeitos negativos para a imagem de ambos os motoristas para o consumidor, visto que este pode se sentir desconfortável ao utilizar esses serviços sabendo que taxistas e condutores de Uber enfrentam-se continuamente, podendo oferecer riscos à saúde do próprio passageiro. Sendo assim, é essencial perceber que a chegada da Uber ao Brasil causou inúmeras insatisfações, sobretudo para os taxistas, e que a sua proibição pode ser considerada equivocada. É preciso, dessa forma, que o governo de cada município que aderir a esse novo serviço realize discussões com ambas as partes a fim de chegar a uma solução que favoreça ambos e ofereça o melhor serviço possível ao consumidor. Paralelamente, faz-se necessário que sejam realizadas campanhas de esclarecimento— mediadas pela mídia e por ONGs— que visem uma maior disseminação de informações sobre ambos os serviços para que a população fique informada sobre as características de cada um.