Quanto mais próximo da Quarta Revolução Industrial estamos, mais produtos e serviços inovadores emergem no mercado. O Uber, aplicativo que fornece serviço de transporte, é a prova disso. Contudo, inúmeros taxistas estão insatisfeitos com o aplicativo devido à concorrência desleal que ele promove. Então, há espaço para todos no Brasil? Em um país onde o carro próprio custa caro e o transporte público deixa a desejar, o cidadão recorre aos táxis para se locomover nos centros urbanos. Entretanto, o preço se torna abusivo devido à baixa qualidade do serviço prestado já que muitas vezes os carros são velhos, ar condicionado não funciona, os taxistas são grosseiros e/ou intrometidos. Concomitantemente, o Uber visa promover um serviço de mais qualidade. A experiência do usuário é agradável pois, o carro é considerado de luxo, agrados como doce e água são deixados para o cliente, o pagamento é feito através de cartão de crédito, o motorista está trajado com roupas formais e o ar condicionado funciona. Além disso, devido a rota ser previamente definida através do aplicativo, ele é inclusivo já que pessoas com deficiência auditiva podem se tornar motoristas e não precisam passar pelo constrangimento de não entender para onde o cliente deseja ser levado. A demanda de transporte é alta e por isso há espaço para ambos serviços no mercado. Objetivando isso é necessário a consonância da lei para ambos e que a qualidade do serviço dos táxis seja elevada. Portanto, o governo municipal deve cobrar as mesmas taxas dos profissionais do Uber, já que estes atualmente não passam pela regulamentação rigorosa imposta aos taxistas. Além disso, o Ministério do Transporte, Portos e Aviações ficaria encarregado de executar a nova lei promulgada pelo Poder Executivo que visa impor um padrão de qualidade mínimo para serviços de transportes.