Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 25/05/2016

O Uber é um serviço de transporte privado que fornece aos clientes um atendimento totalmente diferenciado, com bebidas e conforto, por meio de um aplicativo nos smartphones. Porém, essa nova modalidade ameaça o serviço de táxi nos locais em que está presente. Isso se deve pela qualidade apresentada aos clientes, quando comparada à dos taxistas. A proibição do Uber nega os princípios do capitalismo e cria um monopólio sobre os transportes privados, favorecendo, dessa maneira, exclusivamente a camada de motoristas de taxi e mais ninguém. As prefeituras proibindo o funcionamento do aplicativo Uber nas cidades, contradizem o sistema econômico atual, o qual tem como princípio a livre disputa entre as empresas. Segundo Adam Smith, a livre concorrência é o fator que contribui com a melhora da qualidade de produtos e serviços fornecidos pelas empresas capitalistas. Inibir, portanto, a atuação dos motoristas do Uber faz com que a qualidade nos serviços de transporte nunca evolua, tornando o atendimento sempre o mesmo: o que os taxistas estiverem dispostos à oferecer. Além disso, a presença daqueles nos municípios aumenta as opções de transportes à população, o que dinamiza a mobilidade urbana. Por outro lado, o preço no serviço de táxi é superior ao valor da corrida do Uber, o que entra em contradição quando comparadas as isenções econômicas que ambos recebem do governo. Os taxistas recebem isenções de diversos impostos como o IPVA, IPI na compra de automóveis, o ISI(imposto sobre o serviço), entre outros. Já os motoristas do aplicativo não recebem nenhuma isenção fiscal, pelo contrário, eles pagam impostos como microempreendedores individuais, dessa maneira, são desfavorecidos economicamente. Porém, o preço dos serviços são opostos aos custos para manterem-se na profissão, o que mostra a lucratividade obtida pelos taxistas durante o passar dos anos, e que não era refletida na qualidade de atendimento ao cliente. Dessa forma, manter o Uber é essencial para obter-se uma competitividade, antes inexistente, no serviço de transportes privados, e, consequentemente, melhorar a qualidade nos serviços prestados pelos motoristas. Conservar, destarte, a exclusividade de transportar aos taxistas é prejudicial à livre concorrência capitalista, além de não beneficiar o principal usuário: o cidadão. Dessa forma, o poder legislativo pode criar leis que regulamentem o transporte privado em geral, instituindo um nível mínimo de conforto aos clientes, além de estabelecer tarifas coerentes em relação ao serviço oferecido. Os donos de táxis podem, em paralelo, atualizarem a forma de atendimento, para atrair à população.