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Redação sem título.

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 25/05/2016

O “Uber”, aplicativo que permite o agenciamento de motoristas particulares, está no meio de uma grande polêmica no Brasil. De um lado estão os novos e modernos prestadores de serviço de transporte de pessoas, crescendo rapidamente neste mercado com o auxílio da tecnologia. Do outro, os tradicionais taxistas, reclamando da diminuição da clientela de maneira injusta. Dessa forma, surge na mente coletiva a indagação: como resolver tal impasse? No início da redemocratização do país, após anos de ditadura militar, houve, nos governos Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, uma forte liberação no mercado econômico, tendo como consequência um aumento significativo na prestação de serviços e de bens de consumo, aquecendo, assim, a livre concorrência. Os efeitos disso tudo foram, por exemplo, a melhoria substancial nos setores da telecomunicação e da indústria automobilística. O mesmo está acontecendo no segmento de transporte pessoal com o surgimento do aplicativo “Uber” no Brasil. Por outro lado, a livre concorrência também tem limite, e este chama-se concorrência desleal. É justamente isso que os taxistas alegam a seu favor. Eles pagam taxas e impostos, cumprem pré-requisitos e requisitos, cumprem toda a papelada da burocracia, o que gera custos. Todo esse processo mostra a intervenção do Estado para a existência do mínimo de qualidade daqueles que pretendem ser um trabalhador liberal. Pelo exposto, a polêmica surgida com o uso do aplicativo “Uber” no serviço de transporte encontra solução no meio termo. Os dois lados terão que ceder e melhorar. Para isso, o Congresso Nacional terá de elaborar uma lei que regulamente as atividades do “Uber” e similares. Os Governos municipais terão que fiscalizar a aplicação de tal norma. E os motoristas terão de melhorar, e muito, os seus atendimentos a fim de sobreviver a concorrência qualificada dos tempos atuais.