Proibição da inovação? Observa-se que os tempos estão mudando. Novas tecnologias e inovações surgem ao longo dos anos, melhorando a vida de uns e atrapalhando a vida de outros. É o caso do Uber. O Uber é um aplicativo desenvolvido para Smart Phones, cuja finalidade é obter um serviço de transporte similar a um táxi. A grande diferença é que tudo pode ser feito com apenas alguns toques no celular. O aplicativo chegou ao Brasil a pouco tempo, mas foi bloqueado pela justiça, pois estaria causando intrigas entre motoristas do Uber e taxistas. Uma das possíveis causas é que o serviço oferecido pelo aplicativo tem agradado muito às pessoas que o utilizam, inclusive às que usufruíam dos táxis e agora aderiram à inovação. De fato, o Uber causa polêmicas, uma vez que presta assistências similares às de um taxista, porém, sem a necessidade de seus motoristas adquirirem as licenças altamente caras e burocráticas das quais os motoristas dos carros amarelos estão sujeitos a obterem antes de poderem exercer a profissão. Exemplo disso é que enquanto um taxista, para praticar sua profissão, precisa de todos os documentos supracitados, dentre outros essenciais, os motoristas do Uber precisam somente de um carro preto, CNH categoria B, e prévia aprovação pela empresa do aplicativo. Como consequência dessa diferença burocrática, os taxistas realizaram grandes protestos que acarretaram proibição de uso em território nacional ao aplicativo. Conclui-se, no entanto, que, proibir o uso de uma inovação internacional por ela não estar devidamente regulamentada pela legislação do poder público é, no mínimo, um retrocesso tecnológico. É como tentar tapar o sol com uma peneira. Coisas inovadoras sempre surgirão, coisas mais antigas tendem a ficar para trás, sempre com a opção de adaptação e inovação para acompanhar os novos tempos. Cabe aos seus criadores e adeptos decidirem a melhor maneira de se adaptar à atualidade.