Com a chegada do Uber ao Brasil, a classe dos taxistas viu algo que nunca tinha sequer vislumbrado desde que surgiu no Brasil: concorrência. O monopólio antes exercido pelos táxis no setor de transporte privado foi ameaçado por um concorrente muito poderoso, e na tentativa de manter seu amplo domínio, os taxistas alegaram sofrer uma concorrência desleal. A pergunta que fica no ar é: é de fato desleal oferecer um serviço melhor? Segundo a teoria do livre mercado, a existência de concorrência competitiva estimula a redução dos preços, de forma que não se perca clientela ao oferecer um serviço igual ou pior do que o do concorrente por um valor maior. A existência de monopólio, por sua vez, provoca a elevação do custo dos serviços, pois a empresa dominante regula o montante a ser pago a seu bel prazer. No Brasil, os taxistas enfrentam não só o Uber, mas o próprio Governo Federal. Com excesso de burocracia e de taxações para regulamentação do serviço, a intervenção do governo no setor privado se torna o maior nêmesis dos taxistas e de todos os brasileiros, dificultando a existência de um livre mercado ao encarecer os serviços particulares e sucatear os públicos. Na terra das palmeiras, só falta ser taxado o canto do sabiá. Portanto, é necessário que o Governo Federal, com o intuito de garantir a livre concorrência e a livre iniciativa, reduza a carga tributária e burocrática sobre o setor privado, facilitando aos taxistas o barateamento e o melhoramento do seu serviço, para que possam concorrer de forma igual com o Uber e garantir à população preços justos.