Título da redação:

Corrida pelo espaço

Tema de redação: A proibição do Uber no Brasil: há espaço para todos?

Redação enviada em 26/07/2016

Desde a instauração do Capitalismo, é notório que a todo momento as empresas lançam novos produtos. E, portanto, em seu mercado, apenas se sobressaem os mais aptos e que satisfazem as necessidades dos consumidores. Os outros produtos, menos adaptados, ficam sujeitos ao esquecimento, a menos que estes se reformulem, de modo a permanecer atendendo seu público. O Uber, aplicativo que oferece motoristas particulares, tem sido um grande destaque atualmente, principalmente no Brasil. Ganhando clientela suficiente para provocar a indignação dos tradicionais taxistas, o programa tem sofrido grande repressão destes. Entretanto, é possível dizer que o funcionamento de um serviço afeta o do outro? Em primeiro lugar, o público-alvo de ambos é diferente. O Uber visa a juventude, que está permanentemente em busca de agilidade e facilidade, podendo chamar um motorista, para curtos ou longos trajetos, a partir do smartphone. Já o serviço de táxis atinge clientes que buscam fugir do transporte público e precisam se locomover geralmente por curtas distâncias, sendo estes clientes leigos informáticos, uma população mais antiquada ou que opta por manter o tradicionalismo. Ademais, é necessário denotar que a repercussão do Uber pode sim atrair alguns antigos adeptos dos taxistas. Quem utiliza o serviço de táxis, ocasionalmente critica o tipo de tratamento recebido, a qualidade do trabalho e seu preço, e quem faz uso do aplicativo elogia justamente esses pontos, causando um maior entrave entre os dois. Como supracitado, o mercado capitalista exige muitas inovações, em curtos períodos de tempo, para manter sua dinâmica e livre concorrência. Os famosos carros amarelos, por serem adotados pela população há muito tempo, se habituaram a serem exclusivos no mercado, não sendo mais necessário sair do sua zona de conforto e ir em busca de aprimoramentos. O que mudou com a chegada do Uber. Destarte, é necessário, primordialmente, que os conflitos físicos entre os dois serviços cessem, a fim de podermos chegar a um ponto comum pelo debate oral e saudável. Além disso, se faz essencial a legalização do Uber pelo Governo, mesmo que os meios burocráticos entrem em ação, como no caso dos taxistas, e também é fundamental a saída destes da zona de conforto, estudando os concorrentes e buscando se equiparar a eles. Desta maneira, a população terá várias opções para o serviço e não existirão prejudicados neste mercado, visto que todos estarão se especializando para que o serviço seja igualitário, equivalente.