A guerra deflagrada entre taxistas e motoristas do Uber tem se tornado uma questão bastante polêmica nas grandes cidades. Todavia, a proibição de se oferecer ou de se contratar um serviço não é a melhor solução para tal impasse. Nesse contexto, fazem-se necessários muitos ajustes para equilibrar esse nicho de mercado. Argumentos que endossam essa necessidade são os inúmeros casos de violência contra motoristas e usuários do Uber e o fato de ambas as atividades representarem a principal fonte de renda desses dois tipos de motoristas. Primeiramente, cabe frisar que os ataques violentos a motoristas de Uber e seus usuários, com agressões físicas e depredações de veículos, configuram um gesto extremista de intolerância por parte dos taxistas, o qual não se justifica nem mesmo sob o pretexto de concorrência desleal, uma vez que fere simultaneamente vários direitos fundamentais do cidadão, como os direitos à liberdade de ir e vir e à integridade física, moral e patrimonial. No âmbito econômico, essa violência também viola o preceito da livre concorrência, a qual prevê que a competitividade inerente ao mercado deve existir para que sejam alcançados melhores níveis de eficiência e qualidade nos serviços e produtos oferecidos à sociedade. Em prol da manutenção de todos esses direitos, a proibição do Uber não deve ser cogitada, mas sim o seu funcionamento deve ser normatizado, assim como o é para os táxis. No que tange à normatização desse funcionamento, é imprescindível que ambos os serviços sejam regulados da mesma maneira e submetidos às mesmas regras, afinal, respeitar a livre concorrência não deve significar a permissão de iniquidades burocráticas e jurídicas, visto que o cumprimento de inúmeros requisitos, como documentação e vistoria dos carros, somam altos custos para os taxistas, mas não para os motoristas de Uber. Assim, essa igualdade de tratamento é urgente, à medida que se observa que o Uber está se tornando um emprego, e não apenas um complemento ao orçamento, e o fato de suas vantagens comparativas reduzirem a clientela dos taxistas também prejudica o trabalho e o ganho destes, cuja atividade trata-se de uma ocupação formal e regulamentada, com todos os direitos e deveres de uma profissão reconhecida e sindicalizada. Dessa forma, é bastante coerente concluir que o serviço do Uber não deve ser proibido, à proporção que alimenta a competitividade saudável e necessária dentro desse mercado de transporte e pode gerar uma melhoria nos serviços prestados pelos taxistas, além de manter o poder de escolha por parte dos consumidores. Por outro lado, também é legítima a insatisfação dos taxistas, os quais precisam cumprir com um protocolo extremamente burocrático, perdendo vantagens na competição. Devido a todos esses aspectos, o Poder Público deve reduzir drasticamente a burocracia para os taxistas e liberar mais alvarás, em uma tentativa imediata de reduzir as disparidades entre os serviços. Ademais, no longo prazo, deve também assumir a função de vistoria dos veículos do Uber, o qual é um aplicativo norte-americano, mas por causar consequências sociais dentro do Brasil, deve ter algumas condições limitadas e algumas normas impostas, a fim de que seja garantida também a soberania nacional. Obs 1: Minha últimas 3 redações foram corrigidas pela corretora Erika Nunes Fernandes (acredito que essa também será), e eu escrevi uma dúvida em relação à correção dela, mas não sei se os corretores recebem nossos comentários. Caso essa redação também esteja sendo corrigida pela Erika, eu vou copiar a dúvida que eu postei logo abaixo dos critérios da Unifesp (referentes à Obs2). Se a senhora puder me responder, ficaria muito feliz e grata! Tiraria um peso das minhas costas! Obrigada! Obs 2: Favor corrigir de acordo com o modelo Unifesp ( dissertativo/norma culta/sem proposta de intervenção/clareza de opinião e crítica). A nota máxima é 50. Sei a configuração do site não permite atribuir outras notas fora do modelo Enem, mas peço que me atribua uma nota de 0 a 50 em seus comentários escritos, para que eu tenha uma noção melhor do meu desempenho. Obrigada! Copiei do site da faculdade os critérios para facilitar sua correção: Tema: considera-se se o texto do candidato atende ao tema proposto. Estrutura (gênero / tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos referentes ao gênero / tipo de texto proposto e à coerência das ideias. Avalia-se aqui como o candidato sustenta sua tese em termos argumentativos e como esta argumentação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, desenvolvimento e conclusão). Na coerência, será observada, além da pertinência dos argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista, a capacidade do candidato de encadear as ideias de forma lógica e coerente (progressão textual). Expressão (coesão e modalidade): consideram-se nesse item os aspectos referentes à coesão textual e ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa. Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos da língua (anáforas, catáforas, repetições, substituições, conjunções etc.) de modo a tornar a relação entre frases e períodos e entre os parágrafos do texto mais clara e precisa. Serão considerados aspectos negativos as quebras entre frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos. Na modalidade, serão examinados os aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, bem como a escolha lexical (precisão vocabular) e o grau de formalidade / informalidade expressa em palavras e expressões Copiei a parte que julguei mais relevante dos critérios. Porém, se desejar saber mais sobre a avaliação deles, o link é esse: http://www.unifesp.br/reitoria/vestibular/vestibular-misto/192-vestibular-misto-2017-manual-do-candidato-anexo-i-programas-das-disciplinas Basta ir para a última página!!! Grata! DÚVIDA DA REDAÇÃO "MANUAL DE SER": Prezada corretora Erika Nunes Fernandes, Gostaria de tirar uma dúvida a respeito de uma frase que eu escrevi em uma das minhas redações e a senhora assinalou e corrigiu. A frase escrita foi: "A proposta do ensino de gênero e diversidade sexual nas escolas emerge". A sua correção foi: "A proposta do ensino de gênero e diversidade sexual nas escolas emergem". O seu comentário foi de que o verbo deve vir no plural para que se refira a "gênero" e "diversidade", mas eu fiquei em dúvida pois a primeira palavra da frase é "proposta", no singular, e eu coloquei o verbo "emergir" também no singular para concordar com "proposta" , entendendo que o ensino de gênero e diversidade significam um ensino só, ou seja, uma única proposta. Analisando dessa forma, o verbo não poderia então ficar no singular? Além disso, na primeira linha do parágrafo da conclusão, eu mantive meu raciocínio e fiz o mesmo tipo de concordância no singular, e a senhora não assinalou com correção, o que me deixou ainda mais confusa. A frase é: "Dessa forma, torna-se nítido que o ensino de gênero e diversidade sexual reverbera ". Seguindo a lógica que a senhora explicou, não deveria ser então: "Dessa forma, torna-se nítido que o ensino de gênero e diversidade sexual reverberam"? Isso não ficou muito claro para mim. Uma frase está errada e a outra certa, os as duas estão erradas mesmo? Ou ainda, é possível pensar pela ótica de ser um ensino só? Se a senhora pudesse me esclarecer isso, eu ficaria muito grata. Em relação à nota, eu compreendo que a configuração do site só permite a nota pelo Enem, mas quis dar a informação de que a nota máxima era 50 para que a senhora me desse uma nota entre 0 e 50 nos seus comentários escritos (já que o site não aceita). Afinal, uma nota 880 não me dá a noção de quanto eu tiraria entre 0 e 50. Muito obrigada! Att, Ethiene.