Neste ano, tivemos a morte mais triste dos últimos tempos para a população brasileira, a morte de um legado histórico, sem valores mensuráveis, com o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Sendo assim, essa tragédia evidencia a precarização do patrimônio histórico brasileiro, por meio do descaso do Estado para a sua preservação, somados a sua desvalorização mediante a sociedade brasileira. Em vista disso, a principal razão dessa negligência com os patrimônios culturais brasileiros se deve a falta de investimentos públicos na preservação dessa área, que se tornou ainda mais restrito após o país entrar em crise política e econômica. O descaso pode ser representado também, nessa época de eleições, em que dos 13 presidenciáveis apenas um citou preservar os patrimônios históricos em suas propostas. Outrossim, é notável que outro motivo está na desvalorização dos elementos históricos pelo povo brasileiro, o que implica em um esvaziamento do sentido histórico dos patrimônios, os quais se tornam apenas simples objetos colecionáveis. Esse contexto, pode ser tristemente ilustrado pelos brasileiros que viajam para outros países, pagam fortunas para visitar museus, ruínas, igrejas e outras construções históricas, sendo que muitos não conhecem nem mesmo aqueles de sua cidade. Desse modo, fica óbvio que preservar e valorizar a cultura de um povo é essencial para o desenvolvimento das futuras gerações. Por fim, visando evitar maiores consequências para a história e a cultura de nosso país, como ocorreu no incêndio de Museu no Rio, e a fim de preservá-las para as futuras gerações, faz-se necessário um maior investimento em sua preservação. Para isso, o Estado, juntamente com iniciativas público-privada, como bancos e grande empresas, podem custear uma melhor manutenção das construções históricas do país, além das bibliotecas, museus e outros patrimônios culturais. Tendo como exemplo, os museus franceses, em que instituições bancárias ajudam a custear e, consequentemente, preservar o grande legado de uma nação, sua história.