É possível analisar que a ausência de financiamento está presente como grande causador da precarização do patrimônio histórico brasileiro. Ou seja, tal problema pode ser entendido não somente pelo descaso do governo, mas também o baixo apelo carismático das grandes massas do país ante sua própria história. Recentes perdas no que tange o patrimônio histórico brasileiro, não se compreendem como casos isolados, e sim um desinteresse sistêmico por parte do governo. Tempos de crise geram a necessidade de controle de despesas mais rígidos, sendo assim, são cortados gastos onde a população não sinta tão fortemente. Pesquisa realizada pela FAPESP mostra que a cada 100 brasileiros, somente 3 conhecem algum centro de pesquisa nacional, com isso, a ciência se torna a escolhas dos governantes para tais controles econômicos, ocasionando na ineficiência da manutenção da estrutura e acervo das instituições. A política, em uma república democrática, é a extensão da própria sociedade, uma forma simples de analisar o macro de um país. Assim, o descaso que levou o museu nacional do Rio de Janeiro a beira da inexistência e o sucateamento dos patrimônios histórico/culturais do brasil, veio primeiramente da falta de interesse dos cidadãos (ou até mesmo de conhecimento) sobre a importância de preservar fisicamente o imaginário coletivo. Sem uma ferramenta de análise cientifica, a história fica à mercê de ser entendida somente pelas lembranças daqueles que a vivem, muitas vezes não revelando a versão mais coerente de um acontecimento. A situação precária em que se encontra o patrimônio cultural e histórico do brasil, portanto, necessita de ação corretiva de longo prazo. Para isso, faz-se necessário que o governo federal, através do ministério da educação, promova uma maior integração das escolas de ensino básico com as instituições de pesquisa do país, visando a formação de novas gerações mais críticas.