A recente destruição do Museu Nacional do Brasil não foi algo imprevisível. Após ser moradia da Família Real no século XVIII, seu interior abrigou muito mais que objetos passados por gerações. O descaso de grande parte da população para prestigiar e cultivar resquícios da história brasileira, além dos poucos investimentos nas melhorias estruturais desses locais evidencia o valor apático dado a esses patrimônios. Nos dias atuais, as visitas aos teatros, museus, concertos musicais são realizados por apenas parcelas mais intelectualizadas da sociedade. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Logo, a maioria da população negligencia a funcionalidade desses ambientes por conta de um sistema educacional que não valoriza o cultivo e o apreciamento de obras mais rebuscadas dentro e fora das salas de aula. Ademais, a falta de investimentos para a reconstrução e melhoria dos museus brasileiros é oriunda da recente crise financeira enfrentada pelo país, assim como os elevados números de corrupção no governo. Com isso, o dinheiro restante para se aplicar nos campos sociais é escasso. E, como consequência, muitas dessas construções além de hospitais, parques, habitações e escolas não recebem verbas suficientes para as suas manutenções físicas. Portanto, medidas devem ser feitas para apaziguar esse impasse. Através de palestras, passeios escolares e estudos sobre as artes brasileiras; realizados pelo MEC em parceria com as escolas – públicas e particulares – destinados aos pais e alunos, o incentivo pela busca e o cuidado para com os patrimônios chamaria mais a atenção das pessoas. Outrossim, a maior aplicação de investimentos derivados do Ministério da Cultura juntamente com o apoio de empresas privadas garantiria a perpetuação dos valores histórico-culturais no cotidiano da vida dos brasileiros.