O local onde foi palco a Guerra de Canudos no século XIX, tornou-se um grande lago com a criação de um açude sobre ele. No entanto, de tempos em tempos, é resultante da estiagem que alastra a região a diminuição do nível do lago, tornando assim, possível a visualização das ruinas da antiga canudos. O museu submerso de canudos sobreviveu a 121 anos sob ação da natureza, enquanto museus localizados em palácios nas grandes cidades então sendo reféns da falta de interesse não só do governo, como de toda uma população. Em menos de 1 década, o Brasil presenciou o incêndio de 3 de seus museu. Nessa perspectiva, é indubitável a irrelevância do Governo quanto a preservação do patrimônio histórico do país. Fato que se comprova ainda mais quando analisado o valor gasto para reforma do Maracanã, o terceiro estádio do mundo que mais consumiu dinheiro público, valor que custearia a manutenção do Museu Nacional por aproximadamente 2.400. Logo, é evidente uma preferência por parte dos orgãos públicos quanto ao destino do dinheiro público, tendo como única certeza, a de que tal preferência não é a de permenecer viva nossa história. Não obstante, é notável também o desinteresse de uma grande massa da população brasileira. Tal desinteresse pode ser resultado de diversos fatores. Na sociedade brasileira, raros são os indivíduos que foram ensinados a honrar sua pátria e suas raízes quanto brasileiros, causando assim, uma indiferença que em nada favorece nossos patrimônios históricos, os quais estão sendo deixados às margens da sociedade. Portanto, a precarização do patrimônio histórico brasileiro está diretamente ligado a carência de medidas políticas e sociais. Sendo assim, o Ministério da Cultura deve investir o valor necessário para as manutenções anuais dos museus, além da participação do governo estudal na divulgação acerca dos museus, com objetivo de criar um interesse na população de todas as classes econômicas para conhecer um poucos mais sobre nosso país.