Conhecer o passado é essencial para entender o presente, pois é possível vislumbrar de que modo os acontecimentos de outrora moldaram a sociedade atual. Com isso, o papel dos museus, monumentos, dentre outros, é de grande relevância, pois compõem o patrimônio histórico de um povo. Contudo, a situação hodierna no Brasil é estarrecedora, pois tem revelado a degradação do patrimônio histórico, que evidencia a falta de conhecimento e de subsídios. No ano de 2016, a pichação do “Monumento às Bandeiras”, de Victor Brecheret, foi mais um caso de vandalismo que acometeu o patrimônio do país. Segundo informações, de veículos como “Folha de São Paulo”, o ato seria a expressão de grupos que repudiavam a memória dos bandeirantes, pois esses cooperaram com as perseguições indígenas. Não obstante, o monumento não suscita nenhuma descriminação ao fazer apenas o retrato de figuras. Por esse viés, vê-se uma atitude que não procura interpretar e entender a arte e sua notoriedade enquanto patrimônio, fruto de uma educação que na maioria das vezes não incentiva o zelo pela história. Ademais, é notório ressaltar a falta de investimento em órgãos importantes como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que esta com a existência ameaçada, segundo a presidente Kátia Bogéa. Assim, a manutenção de museus não é realizada com a regularidade e eficácia necessárias, implicando na vulnerabilidade a incêndios e má conservação de objetos. Em suma, a problemática instaurada tem se mostrado resultante de uma gestão de recursos incoerente, bem como, da falta de promoção de cidadãos críticos e conscientes da preservação desses bens. Portanto, para a mudança desse cenário é essencial que haja um maior subsídio para o Ministério da Cultura, para que ocorra um maior repasse de verbas para órgãos como o IPHAN. De modo que, a gestão de recursos ocorra por meio da parceria dos governos nas esferas municipais, estaduais e federais, com o auxílio de estudos regionais, realizados por historiadores, professores, sociólogos, dentre outros profissionais, para que periodicamente enviem ao Ministério relatórios das necessidades locais. Além disso, é crucial o fomento a projetos de incentivo à preservação, de modo que, esses sejam realizados com a parceria público-privada, com o intuito de oferecer para a comunidade e estudantes em geral palestras, passeios a museus, de forma gratuita e periódica, com os profissionais capacitados. Só desse modo o caminho para a melhoria será traçado.