Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 17/10/2018

O incêndio da biblioteca de Alexandria, pináculo de sabedoria do mundo antigo, causou perda irreparável de cultura e informação para a civilização humana. Hodiernamente, conhecimento inestimável e insubstituível continua virando cinzas devido ao descaso público com museus e com o acervo histórico no geral.Isso é resultado da soma de um povo desinteressado com um governo ineficiente, quiçá malicioso,o que cria cenário desastroso para o acervo histórico, problema agravado em países pouco desenvolvidos como o Brasil. Tal cenário de destruição sumária de conhecimento é lugar-comum em obras literárias distópicas. Um exemplo claro é o livro americano Farenheit 451, em que um governo autoritário queima livros como forma de controle da população. Assim como no livro, é interessante para um governo que a sua população mantenha-se ignorante, pois sem o conhecimento da situação em que vive, o povo não pode se erguer para combatê-la. Esse controle mostra-se ainda mais fácil de exercer sobre uma população pobre e desesperada como a do Brasil, já que, com problemas mais imediatos como desemprego, fome e violência, o cidadão médio tem pouco tempo para se preocupar com a proteção de sua história e conhecimento, e menos tempo ainda para a obtenção desse conhecimento. O povo brasileiro torna-se, sem acesso à sua história, alheio a si mesmo, alienígena em sua própria terra. Por causa disso, é importante ressaltar a importância da história, da cultura e do conhecimento para a preservação da identidade, do orgulho e do entendimento de mundo do cidadão. Apesar de por vezes ser malicioso, o Brasil tem um Estado Democrático de Direito que tem o dever de atender os anseios da população. Logo, é preciso que o povo brasileiro, organizado, exija do Ministério da Cultura a verba e o cuidado necessários para a manutenção desse acervo, mas também que incentive as instituições que cuidam dele, visitando-as e mostrando interesse por seu conteúdo. Caso contrário, perde-se a identidade nacional, e o próprio conceito de "brasileiro" pode acabar virando material de museu, provavelmente estrangeiro.