“A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores...”. Infelizmente, no contexto vigente, há o descaso do acervo histórico pelo brasileiro, visto que isso ocorre devido à sua falta de interesse que, associada à negligência do Estado, contribui para o esquecimento desse legado e ocasiona a perda da identidade cultural. Vale analisar, primeiramente, que a herança tanto material quanto imaterial são importantíssimas na criação da identidade cultural. Infelizmente, o desdém do Estado no cuidado com os acervos materiais propicia, muitas vezes, tragédias nesses locais por serem construções antigas. Exemplo disso é o Museu Nacional que estava com sua manutenção atrasada, segundo o jornal televisivo Bom dia Brasil, e devido ao atraso os funcionários desse legado fizeram uma vaquinha online para arrecadar fundos em prol de suas reparações. Logo, vê-se que a importância desses acervos deve ser repensada. Por outro lado, o desinteresse do Estado, a longo prazo, contribuiu para a indiferença da população em preservar seu patrimônio histórico. Assim sendo, com o esquecimento desse legado, ocorre a perda de documentos, que seriam importantes no entendimento do processo de formação do Brasil pelas gerações futuras. Logo, o fato do Estado não realizar sua função social, que nesse caso, por exemplo, seria incentivar a proteção do patrimônio pela sociedade, ele funciona com uma Instituição Zumbi, pois mantém apenas a sua forma conforme disse Zygmunt Bauman. Fica claro, portanto, que o Ministério da Cultura deve aumentar os recursos destinados aos patrimônios históricos por meio de um projeto de lei que estipule um teto de investimentos a esses patrimônios a fim de que o IPHAN possa garantir uma melhor manutenção da herança histórica e, assim, a preservação de documentos, monumentos e construções basilares para a cultura nacional será intensificada. Além disso, o MEC deve promover nas escolas e universidades tanto aulas quanto palestras que mostrem a relevância dessas heranças na participação da identidade cultural, com a intenção de tornar os jovens mais conscientizados sobre isso. Só assim, o Estado e a população terão cuidados com o patrimônio histórico.