Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 15/10/2018

"Um povo sem o conhecimento de sua origem, cultura e história é como uma árvore sem raízes". A frase do ativista jamaicano Marcus Garvey demonstra a importância do patrimônio histórico como garantia de manutenção cultural de determinada nação. Todavia, atualmente no Brasil, observa-se um constante descaso e precarização das instituições responsáveis pela exposição de tais artefatos, o que gera um decréscimo exponencial no conhecimento social do país. Em primeiro lugar, é preciso destacar que as exposições histórico-culturais retificam a necessidade de conhecer o passado para compreender o presente. Após uma grande sequência de derrotas, o governo nazista alemão tentou mascarar os crimes cometidos no Holocausto por meio da queima e evacuação dos campos de concentração. Hoje em dia, porém, é notável a apresentação e ensino dos acontecimentos da Segunda Grande Guerra, objetivando o combate à extrema-direita e ao esquecimento da população. Desse modo, atenta-se para a essencialidade do saber cultural, impedindo que horrores antes cometidos voltem a se repetir. Em segunda análise, a falta de segurança para com a infraestrutura de museus e exposições inviabiliza o aprendizado das novas gerações. Segundo Aristóteles, filósofo grego, a observação das representações artísticas seria necessária para o ensinamento dos jovens atenienses, garantindo o fluxo dos valores cultuados na antiga pólis. Dessa forma, nota-se que o entendimento das virtudes de dada nação perpassa pelo acervo cultural. Fica claro, portanto, que a precarização do patrimônio histórico brasileiro gera implicações lastimáveis para o futuro do país. Nesse sentido, é fundamental que o Estado e governadores, com a ajuda do capital privado, invistam na acessibilidade e manutenção das exposições apresentadas em museus. Para isso, é preciso a concessão impostos e taxas fiscais para as empresas que participarem do acordo, sendo estas também essenciais para a divulgação de campanhas que motivem excursões e visitas às apresentações. Ademais, cabe ao Ministério da Educação e ao Ministério da Cultura demonstrarem aos alunos de instituições públicas, por meio de eventos e palestras com profissionais da área, a importância do entendimento histórico para a sociedade. Assim, espera-se que o ideal, outrora proposto por Marcus Garvey, torne-se realidade no Brasil contemporâneo.