A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia jurídica no Brasil - assegura a preservação do patrimônio histórico em solo nacional. Entretanto, a negligência do Estado com o patrimônio histórico demonstra a falha acerca do cumprimento da lei. Nesse sentido, é necessário pontuar as principais implicações dessa problemática. Em primeiro plano, é necessário evidenciar como esse cenário impacta negativamente na formação identitária do brasileiro. Casos de incêndio de museus como o Museu Nacional e o Museu de Língua Portuguesa, locais de forte concentração de informações, são extremamente nocivas ao desenvolvimento humano, visto que, além de serem pedagogicamente intuitivos e interativos, impedem o acesso à cultura nacional e local. De forma análoga, tal contexto é totalmente contrário ao pensamento do sociólogo Betinho, o qual afirma que um país não muda pela sua economia, política ou ciência, mas sim pela sua cultura. Outrossim, é vital apontar como esse fenômeno atrasa o progresso cientifico. Diversos são os objetos expostos em museus, mas o patrimônio histórico não está necessariamente dentro deles, lugares como a Catedral da candelária também se configuram como. Entretanto, com a eventual destruição desses materiais de estudo pela negligência estatal configura uma involução no que tange iniciações cientificas, visto que o objeto de estudo foi perdido, Urge, portanto, que o direito à preservação do patrimônio histórico seja, de fato, assegurado na prática como prevê a Constituição cidadã. Desse modo, a sociedade brasileira deve exigir uma maior preocupação com o patrimônio histórico brasileiro, por parte do Estado, por meio de passeatas pacíficas e campanhas nas redes sociais, com a ajuda de autoridades no assunto para tornar o protesto mais notável. Com isso, espera-se que o pensamento de Betinho se concretize e tenhamos mais brasileiros com uma ampla carga cultural e histórica.