O descaso populacional e governamental perante o patrimônio brasileiro não é recente: o Museu de Arte Moderna do Rio foi engolido por chamas já fazem 40 anos. Nesse viés, observa-se a precarização dos patrimônios nacionais, decorrente tanto da negligência dos governos quanto do descuido e do desinteresse da população. Em primeiro plano, observa-se uma falta de preocupação por parte dos órgãos governamentais quanto à manutenção e preservação dos edifícios e dos acervos culturais brasileiros, seja por falta de verba pública ou por irresponsabilidade dos governantes. Sendo assim, tal imprudência implica na maior susceptibilidade desses monumentos a desastres-como incêndios e abalos estruturais- o que acarreta na perda de documentos e objetos importantes para a nação. Já em segundo plano, salienta-se que a população brasileira demostra um ácido desinteresse por cultura, o que reflete na ausência de cuidado do patrimônio, como mostra a arqueóloga Niede Guidon no documentário “Serra da Capivara”, onde cita os atos de vandalismo ocorridos no sítio arqueológico onde pesquisara. Logo, fica claro que a carência de estímulos ao consumo cultural induz a degradação desses patrimônios por uma parcela da população, que por sua vez, não compreende a relevância de tais bens. Desse modo, faz-se necessária a regulamentação de uma verba fixa mensal por parte do Governo Federal, com fundo provenientes do Ministério da Cultura (MinC), para o reparo de todos monumentos culturais brasileiros, visando a prevenção de catástrofes que ameacem o acervo, além de garantir a qualidade desses. Ademais, é imprescindível a criação de campanhas governamentais por parte das prefeituras municipais, a fim de conscientizar a população sobre a importância de preservar e desfrutar do patrimônio cultural brasileiro.