Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 02/10/2018

Na narrativa do escritor alemão Frankz Kafka, o personagem Gregor Samsa transforma-se em um inseto após sofrer pressões de uma sociedade na qual o caos foi banalizado. Fora da literatura, a desordem instaura-se no Brasil pós-moderno à medida que nem o Estado nem o corpo social se mobilizam com o intuito de mitigar a precarização do patrimônio histórico e suas implicações. Dessa forma, novas medidas capazes de solucionar a problemática são necessárias para que essa e as futuras gerações não sofram similares metamorfoses. Em primeiro plano, a Constituição de 1988 assegura a proteção do patrimônio histórico brasileiro. Contudo, essa não é uma realidade no país, tendo em vista que não há políticas públicas- como de investimento e manutenção- que efetivem o proposto pela Carta Magna. Por consequência desse mau gerenciamento estatal, o Brasil possui museus em péssimos estados de conservação e monumentos depredados. Além disso, convém ressaltar o incêndio catrastófico do Museu Nacional do Rio de Janeiro, perda que se dá para além do âmbito material, visto que o significativo trabalho destinado à pesquisa é apagado, prejudicando toda nação brasileira. De outra parte, a sociedade brasileira contemporânea é influenciada por uma cultura de não valorização do patrimônio histórico. Dessa maneira, há falta de mobilização social para cobrar de seus governantes o cuidado devido com o legado do país. Além do mais, o baixo número de visitantes brasileiros em teatros, bibliotecas e museos contribui para o sucateamento desses. Consoante isso, o psicólogo Frederic Skiner desenvolveu a teoria do behaviorismo radical, definindo o homem como reflexo do meio sobre ele. Dessarte, a perpetuação da desvalorização do patrimônio histórico se dá devido à mímese que os cidadãos reproduzem do padrão social. Portanto, para que a banalização figure apenas nas páginas da literatura, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Torna-se imperativo que o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Cultura, cumpra o previsto pela Constituição e atue efetivamente na proteção do patrimônio histórico, por meio de maior investimento financeiro para que haja, de fato, sua manutenção. Ademais, que sejam inseridas ,na grade curricular das escolas, palestras com professores de astes e história, para pais e alunos, que visem promover o maior interesse pa população na cultura, com o intuito de valorizar o passado e conservá-lo para as próximas gerações. Assim, a problemática será superada.