O incêndio ocorrido no Museu Nacional do Rio de Janeiro focalizou a questão da precarização do patrimônio histórico brasileiro, gerado pela falta de investimentos e tendo a corrupção como raiz desse déficit. Com esse descaso, as implicações na sociedade é a ignorância a respeito do histórico do seu povo e desconhecimento sobre o passado. Por isso, extinguir os desvios financeiros e destina-los a manutenção do patrimônio material e imaterial do Brasil, além de incentivar o estudo de história nas escolas, é necessário. Discorrendo sobre isso, a corrupção sistêmica no Brasil influencia na distribuição de recursos financeiros e seus reflexos operacionais na segurança,saúde e,principalmente, educação. Como visto no levantamento da Polícia Federal entre 2014 e 2017 que apontou desvios de 48 bilhões de reais, com isso, a infraestrutura, manutenção e divulgação do patrimônio histórico regride e tende a cair no esquecimento populacional, já que essa verba também poderia ser empregada nas escolas para perpetuar a importância da cultura de seu país. Dessa forma, e embasado no orador grego Cícero, o estudo do passado e seu compreendimento fomenta a história como "mestra da vida", de acordo com essa expressão de Cícero, por meio de exemplos anteriores, sucessos e sofrimentos, pode-se extrair lições para orientar o presente. De encontro a essa ideia,e somado ao precário setor de patrimônio histórico do Brasil,implica sobre a sociedade um desinteresse com o seu passado e acontecimentos cronológicos relevantes, solidificando e perpetuando a ideia de que a história é desinteressante e irrelevante. Por isso, o ensino e a vivência com museus, galerias, e culturas faz diferença a longo prazo e na manutenção desse patrimônio. Nesse ínterim, a fiscalização e execução de casos corruptivos no governo, por meio da Polícia Federal, possibilitará a retomada da verba ou então o mecanismo para gerar a verba, como o leilão de itens dos responsáveis pelo desvio. Dessa maneira, a verba será resgatada e direcionada na manutenção das instituições museológicas, além de haver dinheiro para viagens escolares até cidades históricas e diferentes culturas.