No governo Sarney, em 1985, nasceu o Ministério da Cultura no Brasil, com a finalidade de financiar e valorizar os patrimônios materiais e imateriais do país. No entanto, mais de 30 anos depois e o que se verifica é que apenas na teoria essa valorização existe, uma vez que o patrimônio cultural passa por uma precarização, devido a negligência dos governantes, o que corrobora para aumentar a distância da população da identidade do seu povo, tornando as próximas gerações susceptíveis à alienação. Vale salientar, de início, que a tragédia mais atual foi o Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pegou fogo por falta de manutenção, e ainda assim, sendo um ano de eleição para presidente apenas 2 dos 13 candidatos citam em seu plano de governo a preservação de museus e patrimônios históricos. Sob essa óptica, é notório que a desvalorização é grandiosa por parte da gestão, levando à destruição de importantes instituições e gerando prejuízos inestimáveis e irreversíveis ao Brasil, que é privar o seu povo de saber a fundo e ter datado, historicamente, documentos verídicos sobre a sua cultura, seus costumes e sua identidade, sendo esses escritos fundamentais para a formação cidadã de uma nação. Além disso, existem as consequências dessa falta de entendimento sobre as suas raízes, que é a alienação das futuras gerações. Nesse contexto, é importante saber que um indivíduo alienado tem menor capacidade de pensar ou agir por si próprio, tornando-se apenas um reprodutor dos seus “superiores”. Exemplo disso, foi o que aconteceu durante o regime nazista, no qual Hitler culpava os judeus dos problemas da Alemanha e os alienados apenas concordavam, causando, tristemente, o holocausto. Consequentemente, a população terá sérias dificuldades em perceber e encarar problemas atuais, mas que já aconteceram, pois não terão acesso aos documentos que registraram esses ocorridos e como seus antecedentes se comportaram, dessa forma o Brasil, infelizmente, “criará” filhos desinformados e despreparados. Portanto, torna-se evidente que há muitas intempéries em relação a precarização do patrimônio cultural. Logo, ainda há muito pra ser feito. Sendo assim, urge ao Governo, mediante o Ministério da Cultura, fazer uso dos exorbitantes impostos cobrados, investindo na manutenção da infraestrutura e na criação de novos museus, na propagação da cultura que aproxime a população da sua identidade e que enriqueça o córtex cerebral dos brasileiros, a fim de formar cidadãos mais fortes e inteligente, prontos para enfrentar os problemas que vierem a ser gerados no seu país. Ademais, cabe às escolas, por intervenção dos professores, desenvolver, em sala de aula, debates sobre a história e a cultura da nação, com o intuito de fazê-los pensar e não apenas reproduzir. Dessa forma, o Ministério da cultura conseguirá cumprir o seu objetivo em valorizar o legado do país.