Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A precarização do patrimônio histórico brasileiro e suas implicações

Redação enviada em 25/09/2018

Segundo Jean-Paul Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Portanto, recai sobre o homem o compromisso de preservar a memória de seu povo. No entanto, no século XXI, o deterioramento do patrimônio histórico brasileiro implica no esfacelamento da cultura do país, e, desse modo, configura-se como um problema a ser superado. Nesse panorama, torna-se imprescindível analisar tanto aspectos culturais, quanto econômicos acerca desse assunto. Em uma primeira análise, o sucateamento dos museus intensifica a não democratização da cultura. Esse paradigma social, no Brasil, relaciona-se como produto e geratriz da problemática, e, assim, perpetua-se na sociedade, bem como inviabiliza a conscientização da massa populacional a respeito da sua história em vários aspectos, sobretudo na política. Esse quadro sociocultural possui íntima relação com a máxima exposta por Edmund Burke: "Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-lá.", que relaciona grande parcela das mazelas contemporâneas à ignorância de fatos ocorridos no passado. Em vista disso, ao materializar a degradação do patrimônio histórico, o Estado pereniza um cenário de genuína incultura no corpo social brasileiro. Ademais, em segundo plano, a degeneração do acervo nacional reduz a colaboração do turismo no Produto Interno Bruto - PIB - do país. Esse cenário econômico alicerça-se no desinteresse internacional a respeito da visitação cultural ao Brasil, e, dessa maneira, praticamente restringe a atratividade turística local a suas belezas naturais, de forma a ignorar o enorme potencial econômico intrínseco a história brasileira. Nesse sentido, tal realidade contrasta-se com a de países mais desenvolvidos como a França, que atrai indíviduos de todo mundo para conhececer seu patrimônio histórico - como o museu do Louvre -, que é tratado como uma das prioridades de investimentos, já que atua como um dos pilares da economia francesa. A fim de reverter o grave cenário de esfacelamento da cultura nacional, e construir uma sociedade pautada no respeito, cidadania e plena capacidade de desenvolvimento, cabe ao Poder Executivo Federal, em consonância com o Ministério da Cultura, promover - a partir de esforças operacionais e orçamentários - políticas públicas de investimento em seus patrimônio histórico, por meio da capacitação e treinamento de funcionários destinados ao avaliamento de estuturas baseado em suas condições históricas, bem como pela realização de obras necessárias para a proteção no que diz respeito a desastres. Concomitantemente, faz-se, ainda, necessário que a mídia, por meio da ficção engajada, estimule o corpo social a realizar passeios culturais pelo país, de modo a valorizar, em perspectiva nacional, sumariamente, o potencial econômico da história do país.