A valorização e a conservação da cultura histórica de um povo caracteriza sua conformidade com uma identidade nacional. Nesse contexto, o povo brasileiro carece, haja vista a recorrência de abandonos e de tragédias com os patrimônios históricos. Isso decorre da precariedade do sistema educacional e, consequentemente, gera o aumento da impunidade, como a reincidência de vandalismo com a estátua de Carlos Drummond de Andrade no Rio de Janeiro. Em primeiro lugar, ressalta-se a perpetuação do descaso com a educação, principalmente a pública. Dessa maneira, várias gerações formaram-se sem o reconhecimento de heróis nacionais, bem como sem a apropriação da riqueza cultural do Brasil. Isso é notório ao observar a programação cinematográfica, em que predominam filmes e heróis estrangeiros. Diante disso, nota-se a crescente impunidade no país, resultado dessa desapropriação da herança nacional. De modo que muitas vezes há o julgamento no Judiciário, no entanto o culpado não cumpre a pena. Do mesmo modo ocorre com as famílias que sofreram os efeitos do desastre socioambiental em Mariana, em 2015, as quais não foram indenizadas e os culpados se mantém incólumes. Fica claro, portanto, que, embora a sociedade brasileira ainda não reconheça o valor de seu patrimônio histórico, existem medidas admissíveis para reverter esse cenário. Com isso, o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura devem destinar verbas para a produção de filmes, voltados para as escolas e para o público, que retratem os verdadeiros heróis nacionais e as diversidades regionais do país, a fim de as futuras gerações protegerem a memória nacional, como a estátua do principal poeta da "Geração de 30".